Por Amina Costa / Repórter do JORNAL DE FATO
Durante a Reunião de Análise e Previsão Climática 2023 para o semiárido do Nordeste brasileiro, coordenada pela equipe da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), foi feita a previsão meteorológica para os próximos meses. De acordo com as informações divulgadas, a previsão é de que o volume pluviométrico na região Oeste do Estado chegue a quase 480 milímetros, até maio.
De acordo com a Emparn, o volume de chuvas previsto para o período se enquadra na categoria normal a acima do normal. A previsão foi elaborada pelos especialistas com base nas análises de alguns elementos, principalmente, das condições oceânicas, com a ocorrência do fenômeno La Ñina (esfriamento das águas no Pacífico), resfriamento das águas do Atlântico Norte e aquecimento das águas superficiais no Atlântico sul.
Esses elementos devem favorecer a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) no território potiguar- principal sistema meteorológico que favorece a ocorrência de chuvas no Nordeste do Brasil.
Na região Oeste do Rio Grande do Norte, a previsão é de que, entre março e maio, sejam registrados 479,2 mm. Esse nível é o segundo maior previsto para todo o Estado e está acima da média estadual, que é de 433,2 mm. Na região Leste, a previsão é que as chuvas acumulem 533,8 mm nos próximos três meses; no Agreste, a previsão é de 343,2 mm e na região Central, a previsão mostra o acúmulo de 376,9 mm em precipitações.
“Os resultados dos modelos meteorológicos dos diversos núcleos de meteorologia do país e do mundo apontam a tendência de chuvas na categoria de normal a acima do normal para o período de março a maio de 2023 no RN com uma boa distribuição espacial. A estação pré-chuvosa apresentou acumulados abaixo da média esperada, devido a bloqueios meteorológicos que, climatologicamente, atuam sob o estado”, comentou o chefe da unidade instrumental de Meteorologia da Emparn, coordenador da reunião, Gilmar Bristot.
O coordenador da Defesa Civil do RN, Coronel Marcos de Carvalho apresentou o Programa de Redução de Riscos e Desastres no RN, o Defesa Civil +Presente. Na oportunidade, Carvalho apresentou algumas medidas de prevenção e orientações para evitar desastres ou minimizar os impactos para a população, no caso de ocorrência de chuvas com volumes intensos.
A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, órgão vinculado ao Gabinete Civil do Governo do Estado, destaca a necessidade de integração entre as instituições, especialmente os municípios, com objetivo de prevenção e redução do tempo-resposta à medida que ocorram eventos adversos. As informações disponibilizadas pela Emparn, destaca Marcos de Carvalho, são essenciais a este planejamento.
Média mínima esperada para o período de março a maio de 2023
Oeste 479,2 mm
Central 376,9 mm
Agreste 343,2 mm
Leste 533,8 mm
Estado 433,2 mm
Defesa Civil de Mossoró informa cuidados para o período
A Defesa Civil de Mossoró vem, desde o início do período chuvoso, reforçando os cuidados necessários diante da situação de risco provocada pelas chuvas intensas. As orientações vão desde os cuidados com o descarte correto do lixo, evitando que a água fique empoçada, até a escolha certa de abrigos durante as chuvas.
O coordenador da Defesa Civil de Mossoró, Alcivan Gama, explica que o descarte irregular do lixo provoca o entupimento de bueiros, galerias e canais, gerando assim alagamento nas ruas e avenidas e até inundação de imóveis. Ele reforça ainda que durante chuvas intensas quem estiver em casa deve retirar aparelhos elétricos da tomada para evitar risco de curto-circuito ou até um princípio de incêndio.
"Enquanto houver chuvas com incidência de raios, a orientação é que se evite o uso de aparelhos como telefone celular (principalmente se conectado à tomada), eletroeletrônicos, chuveiro e secador", pontuou.
A Defesa Civil também orienta: não se proteger da chuva embaixo de árvores ou estruturas metálicas. Em caso de emergência, a Defesa Civil do Município pode ser acionada pela população por meio do telefone 199.
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