Por Amina Costa / Repórter do JORNAL DE FATO
As chuvas que vêm ocorrendo em Mossoró na última semana, com precipitações em quase todos os dias, reacendem os alertas para a prevenção das arboviroses. No Rio Grande do Norte, o período chuvoso é iniciado, normalmente, no mês de novembro e segue até maio, período em que a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) intensifica os alertas sobre as medidas de segurança para essas doenças.
As arboviroses são doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti, que se reproduz justamente durante os meses chuvosos porque é nesse período que ocorre o aumento dos locais com água parada. As doenças que ele provoca são a Dengue, o Zika Vírus e a Chikungunya, que têm sintomas muito fortes e podem provocar sequelas temporárias ou duradouras na população.
Nesta semana, a Sesap emitiu um novo alerta para que a população potiguar redobre os cuidados para evitar a proliferação dos mosquitos Aedes aegypti. Os cuidados que foram solicitados pela Secretaria devem ser tomados tanto fora de casa (em jardins e piscinas, por exemplo) quanto dentro de casa (em pias, vasos sanitários e geladeiras).
“É importante observar em casa os locais que possam acumular água parada como: bandeja de bebedouros e de geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários sem uso; manter os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito; esfregar com bucha as vasilhas ou reservatórios de água dos animais; não colocar lixo em terrenos baldios; manter as caixas d´água sempre tampadas; observar vasos e pratos de plantas que acumulam água parada; manter em local coberto pneus inservíveis e outros objetos que possam acumular água, além de receber a visita do agente de endemias, aproveitando a oportunidade para tirar possíveis dúvidas”, informou a Sesap.
No comunicado oficial, a Secretaria também informou que vai realizar lives com especialistas, na página do Instagram, para discutir sobre o tema. A primeira live, que será transmitida por meio do @sesaprn, ocorre na terça-feira, 28, às 16h, e será conduzida por Henio Godeiro Lacerda, médico infectologista do Hospital Giselda Trigueiro e professor do Departamento de Infectologia da UFRN.
Na ocasião, será possível tirar dúvidas sobre sintomas, prevenção e tratamento das arboviroses. Já a segunda live ocorrerá em 30 de março e será voltada para dúvidas sobre zika em gestantes. A Sesap ainda não divulgou quem conduzirá a live nem o horário que ela vai ser transmitida na página da Secretaria.
Último boletim epidemiológico apontou 1.669 casos de dengue no estado
Segundo o último informe divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap), foram notificados 1.669 casos de dengue no estado, do início do ano até o momento. Desses, 294 casos foram confirmados, 1.381 casos considerados prováveis, 288 descartados, nenhum óbito confirmado e 3 em processo de investigação.
Em Mossoró, a segunda maior cidade do Estado, foram notificados, até o momento, 140 casos de dengue, dos quais 16 foram confirmados. A incidência por habitantes é de 46,08%. A incidência apresentada em todo o estado do Rio Grande do Norte foi de 38,78 casos prováveis por 100 mil habitantes.
Com relação à Chikungunya, foram notificados no RN, até a Semana Epidemiológica 10, um total de 758 casos da doença, sendo confirmados 49 casos, 677 casos considerados prováveis, 81 descartados e nenhum óbito confirmado. Em Mossoró, foram notificados 47 casos prováveis de Chikungunya, dos quais 10 foram confirmados. A incidência foi de 19,01 casos prováveis por 100 mil habitantes do RN e 15,47% em Mossoró.
Já no que diz respeito à Zika, até a Semana Epidemiológica 10, foram notificados 147 casos da doença, sendo confirmados 4 casos, 126 casos considerados prováveis, 21 descartados e nenhum óbito confirmado. A incidência foi de 3,54 casos prováveis por 100 mil habitantes. Em Mossoró, apenas um caso foi notificado até o momento, mas ainda não houve confirmação da doença.
“Os sintomas iniciais das arboviroses podem ser semelhantes e clinicamente inespecíficos, sendo imprescindível observar a diferenciação dos sintomas para que se possa conduzir o tratamento do caso de forma adequada. Entre os principais sintomas estão: febre, manchas na pele, dores nos músculos e inchaço nas articulações, além de conjuntivite, dor de cabeça e coceira”, informa a Sesap.
Veja o que pode ser feito para evitar a proliferação do Aedes aegypti.
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