Recém-nascidos prematuros e de baixo peso têm mais chances de recuperação e de uma vida mais saudável quando têm acesso ao leite humano. Para sensibilizar a sociedade sobre a importância da doação, o Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Doação de Leite Humano. Segundo o Sistema de Informação da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, entre 2000 e 2022, somente no Rio Grande do Norte, 54.061 mulheres foram doadoras e 84.996 litros de leite humano foram coletados. A campanha marca o Dia Nacional de Doação do Leite Humano, lembrado nesta sexta-feira (19).
Com o tema “Um pequeno gesto pode alimentar um grande sonho. Doe leite materno”, a ação busca estimular mulheres que amamentam e podem doar seu leite a adotar este ato que salva vidas. A meta do Ministério da Saúde para 2023 é ampliar as doações para atender, pelo menos, 60% da demanda por leite humano no país, o equivalente a uma coleta total de 245,7 mil litros. A nível nacional, no ano passado, 197 mil mulheres doaram leite, com volume total de 234 mil litros coletados. Com isso, após o processamento do leite doado, 222 mil recém-nascidos foram beneficiados.
O leite humano é capaz de reduzir em até 13% a mortalidade de crianças menores de 5 anos por causas evitáveis. Este é o melhor alimento para os recém-nascidos, pois traz em sua composição proteção imunológica contra doenças infecciosas e também atua no desenvolvimento afetivo e psicológico. A taxa de prematuridade no país foi de aproximadamente 12% entre 2021 e 2022, de acordo com dados preliminares do Sistema de Monitoramento de Nascidos Vivos (SINASC).
Rede brasileira de banco de leite humano é referência mundial
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem a maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo, sendo referência internacional por utilizar estratégias que aliam baixo custo e alta qualidade e tecnologia. São 227 bancos de leite humano e 240 postos de coleta distribuídos em todos os estados brasileiros. Na região Nordeste, 53 bancos de leite humano estão em funcionamento.
A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR) é uma iniciativa do Ministério da Saúde, por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e atualmente integra a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança e Aleitamento Materno (PNAISC).
Além de englobar ações de coleta, processamento e distribuição de leite, os bancos de leite humano e postos de coleta oferecem acolhimento e prestam assistência a mulheres, crianças e famílias na prática do aleitamento materno. No Rio Grande do Norte, durante os últimos 22 anos, 1.200.748 mulheres foram assistidas e 114.542 recém-nascidos foram beneficiados. Somando todos os estados da região Nordeste, esses números totalizam mais de 11 milhões de mulheres assistidas e mais de 1 milhão de recém-nascidos beneficiados.
Qualquer quantidade de leite materno é importante e pode ser doada. Um pote de 200 ml pode alimentar até 10 bebês prematuros ou de baixo peso. Por diversas razões, nem todas as mulheres podem amamentar seus bebês, mas toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano. Para doar, é preciso ser saudável e não estar usando nenhum medicamento que interfira na amamentação.
Fonte: Ministério da Saúde
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