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Postado às 09h00 | 26 Mai 2023 | redação Mesmo com atrasos, médicos não cogitam paralisar atividades nas UBSs

Crédito da foto: Reprodução Unidade Básica de Saúde em Mossoró

Por Amina Costa / Repórter do JORNAL DE FATO

Nesta quinta-feira, 25, foi divulgada a informação sobre atrasos nos repasses do Município de Mossoró e do Governo do Estado para a empresa de Serviços de Assistência Médica e Ambulatorial Ltda (Sama), responsável pelo gerenciamento do atendimento médico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), bem como nos hospitais da rede estadual, localizados em Mossoró.

A reportagem do JORNAL DE FATO conversou com Diego Dantas, diretor administrativo da Sama, que confirmou os atrasos, mas informou que não existe a intenção de paralisar as atividades que são executadas nas UPAs, no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), no Rafael Fernandes e no Hospital da Polícia Militar (administrado pela Associação de Assistência e Proteção à Maternidade e à Infância de Mossoró - APAMIM).

“A princípio, não trabalhamos com essa hipótese. Acreditamos que haverá pagamento”, afirmou o diretor administrativo da Sama, ao ser questionado sobre a possibilidade de paralisação das atividades. Diego Dantas informou ainda que a empresa tem sofrido com os atrasos tanto da Prefeitura de Mossoró quanto do Governo do Estado, sendo esse último o que tem a maior dívida. “O atraso maior se dá nos contratos com o Governo do Estado, que remonta ao mês de janeiro”, informa.

Em relação ao processo de pagamento à empresa pelos serviços prestados, o diretor informou que eles devem ocorrer sempre até o último dia do mês subsequente ao trabalhado. Afirma ainda que o Governo do Estado não efetua o repasse há três meses e a Prefeitura há 1 mês, podendo chegar a 2 meses, caso não pague até o dia 31 de maio.

“O valor referente a março, que deve ser pago pela Prefeitura, é cobrado a partir de 1º de abril, devendo ser pago até o dia 30, sendo esse o mês de atraso. Já o mês de abril ainda não está em atraso, porque ele pode ser pago até o dia 31 de maio. Já em relação ao repasse que deve ser feito pelo Estado, nós ainda não recebemos o mês de janeiro, de forma que os três meses de atraso é referente à dívida do Estado”, explicou.

Diego Dantas explicou que, mesmo se tratando de hospitais que são administrados pela Apamim, a atuação dos médicos da Sama nos hospitais do Estado se dá em virtude de um contrato firmado diretamente com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP).

A SAMA é, atualmente, a maior empresa de prestação de serviços médicos do Estado do Rio Grande do Norte. Conta com mais de 500 médicos cadastrados que atuam em mais de 1.500 plantões de 12 horas por mês. A empresa tem contratos com entes públicos e privados na região Oeste do Estado.

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