Dos domicílios recenseados no estado do Rio Grande do Norte, 1.141.756 foram classificados como domicílios particulares permanentes ocupados, 357.119 como não ocupados, 1.216 como particulares improvisados e 1.566 como domicílios coletivo
Por Edinaldo Moreno / Repórter do JORNAL DE FATO
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os primeiros resultados de População e Domicílios do Censo Demográfico 2022, apresentando um conjunto de informações básicas sobre os totais populacionais e de domicílios no País em diferentes níveis geográficos e recortes, além de diversos indicadores derivados dessas informações, como a média de moradores por domicílio, a densidade demográfica e a taxa de crescimento anual da população e dos domicílios.
O levantamento do IBGE constatou que Mossoró tem o maior percentual de domicílios vagos no Brasil. De acordo com o órgão federal, a concentração urbana, que se constitui pelo município isolado, se destacou nacionalmente com 18,4% de seus domicílios considerados vagos.
De acordo com o IBGE, concentração urbana é um aglomerado urbano de mais de 100 mil habitantes e por ela ser um aglomerado urbano, via de regra, ela tem características semelhantes e pode compreender mais de um município, por exemplo, pega uma concentração urbana de Natal, que engloba a região metropolitana.
No caso de Mossoró, a concentração urbana coincide com o próprio limite do município. “A concentração urbana de Mossoró não engloba nenhum outro município. O que teve de destaque em Mossoró é que Mossoró foi a concentração urbana, ou seja, o aglomerado urbano com mais de 100 mil habitantes, que apresentou a maior taxa de domicílios vagos do Brasil, que superou 18%”, destacou Hildebrando Mota.
A concentração urbana de Natal também aparece em destaque com 16,4% de domicílios vagos, figurando entre as dez concentrações urbanas com mais domicílios nessa situação no país. Fazem parte da concentração urbana de Natal, além da capital, os municípios de Parnamirim, Extremoz, Macaíba e São Gonçalo do Amarante.
Dos domicílios recenseados no estado do Rio Grande do Norte, 1.141.756 foram classificados como domicílios particulares permanentes ocupados, 357.119 como não ocupados, 1.216 como particulares improvisados e 1.566 como domicílios coletivos. Entre os não ocupados, os domicílios considerados vagos foram 232.389 e os de uso ocasional, 124.730.
Ao todo, foram contadas 203.062.512 pessoas em 90.688.021 domicílios no Brasil, sendo 1.501.657 destes domicílios norte-rio-grandenses. Isto representou um aumento de 34%, em nível nacional, e de 36,6 % em nível estadual, no número de domicílios em relação ao Censo de 2010. Natal foi o município com o maior número de domicílios no estado (337.029), seguido por Mossoró (123.480), Parnamirim (116.679) e São Gonçalo do Amarante (54.203).
O aumento no número de domicílios foi uma tendência observada em todos os estados e no Distrito Federal. No Rio Grande do Norte, o destaque foi o município de Extremoz, que registrou 13.584 domicílios em 2010 (24.569 residentes) e 32.129 em 2022 (61.571 residentes), um aumento de 136,5%. Em 2022, o município passou a fazer parte dos mais populosos do estado e, nacionalmente, foi o quarto do país a apresentar o maior crescimento no número de domicílios.
POPULAÇÃO ESTIMADA DO RN
O Censo 2022 constatou ainda que o crescimento populacional do estado entre o levantamento de 2010 e do ano passado foi de 4,2%, um pouco abaixo da média brasileira (6,5%). A participação do RN em relação à população brasileira se manteve bem próxima entre os Censos de 2010 e 2022 (de 1,7% para 1,6%), saindo do 16º para o 17º lugar entre os estados mais populosos do Brasil.
Em 2022 a população residente do RN passou a ser de 3.302.406 pessoas, um aumento de 134.379 pessoas em relação a 2010, representando uma taxa geométrica de crescimento de 0,35%, abaixo da média nacional de 0,52%.
Com esses números, o Rio Grande do Norte passou de uma média de 3,31 para 2,88 pessoas por domicílio permanente ocupado entre 2010 e 2022, ficando bem próximo à média nacional, de 2,79. Em 2010, o Brasil tinha, em média, 3,52 pessoas por domicílio.
A densidade populacional do estado do Rio Grande do Norte teve aumento em relação ao Censo Demográfico de 2010, sendo a 10ª maior dentre os estados brasileiros.
NATAL
A capital do Rio Grande do Norte apresentou queda de população. A maior cidade potiguar está na contramão dos municípios que apresentaram crescimento de população residente. A redução foi de 6,5%
Em 2010, eram 803.739 residentes em Natal e em 2022 esse número caiu para 751.300. Isso a coloca como a oitava maior queda relativa entre as cidades do país com população acima de 100 mil habitantes. Em números absolutos, Natal teve a 7ª maior queda populacional do país, com 52.439 pessoas a menos se comparada a 2010.
No Rio Grande do Norte, além de Natal, outros 78 municípios também tiveram queda na variação absoluta da população residente, sendo oito destes com uma queda de mais de 1000 pessoas, caso de Macau, Caicó, Poço Branco, Currais Novos, Canguaretama, São José do Campestre, Areia Branca, Nova Cruz e Pendências.
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