Sindsaúde organiza greve dos servidores estaduais de saúde
Por Amina Costa / Repórter do JORNAL DE FATO
Após dialogar com os profissionais da saúde do Estado que atuam em Mossoró, o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (SINDSAÚDE), Regional de Mossoró, definiu que os trabalhadores vão aderir à greve da categoria, que foi iniciada pelos demais servidores do Rio Grande do Norte no dia 19 de julho.
A adesão vai acontecer a partir do dia 1º de agosto e será marcada com um ato, que ocorrerá às 10h, em frente ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), maior unidade hospitalar de urgência e emergência da região Oeste do Estado. O Sindsaúde Regional de Mossoró já havia informado à reportagem do JORNAL DE FATO que existia, sim, a possibilidade dos trabalhadores aderirem à greve, mas que qualquer definição ocorreria a partir do interesse da categoria.
João Morais, coordenador do Sindsaúde Mossoró, informou que desde a semana passada o sindicato vinha realizando visitas aos hospitais regionais da cidade, bem como na Regional de Saúde, Larem e Unicat. Segundo ele, a intenção era de dialogar com os servidores e falar sobre a importância de aderir ao movimento grevista.
Além disso, João Morais informou que foi criada uma comissão de greve em Mossoró, que deve ficar responsável pelas atividades que serão realizadas durante a paralisação, na segunda maior cidade do RN. Uma das principais reivindicações dos servidores da saúde em todo o Rio Grande do Norte é a reposição salarial de 21,87%, que, segundo a categoria, seria o percentual indicado para a reposição das perdas salariais.
“O governo Fátima Bezerra se comprometeu que na Mesa SUS de junho seria feito o debate sobre as reivindicações financeiras da categoria, o que inclui a reposição salarial, o piso da radiologia e mudança de nível para as pessoas que têm mais de 30 anos. Porém, na reunião, esse assunto foi retirado de pauta, sendo apresentado apenas como um informe de que o governo vai discutir qualquer reposição salarial depois da aprovação de um TAG no TCE, o que possivelmente ocorra em agosto”, informou o Sindsaúde RN.
O movimento grevista da saúde foi iniciado no dia 19 de julho, na tentativa de pressionar, mais fortemente, o Governo do Estado a atender a pauta da categoria e superar pontos que, de acordo com o sindicato, já deveriam ter sido cumpridos. “O que os servidores (as) e o Sindsaúde/RN sentem é que falta compromisso e seriedade por parte do governo na hora de negociar e atender a categoria. O mesmo desinteresse, por exemplo, não é sentido quando o governo recebe e atende outras categorias. A saúde, como sempre, segue negligenciada apesar de sua importância”, aponta o Sindsaúde RN.
Em nota oficial, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informou que vem mantendo e conduzindo ativamente a Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS, e viabilizando, dentro de suas reais possibilidades, as demandas que têm sido discutidas. Falou ainda que, dentro dos pontos apresentados pelo Sindsaúde-RN, a Sesap vem realizando uma série de ações que estão atendendo às requisições. Destacou ainda alguns benefícios que foram viabilizados pela Sesap neste ano de 2023.
“O Governo do Estado, em 2022, aplicou R$ 1,75 bilhão na Saúde Pública, correspondente a 13,49% da receita líquida, superando a meta constitucional de 12%, atestando a priorização da gestão em melhorar a política de saúde pública e valorizar seus servidores”, informou a Sesap, em um dos trechos da nota emitida para a imprensa, após o início da greve dos servidores da Saúde.
Confira a pauta de reivindicação dos trabalhadores da Saúde do RN:
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