Poeta popular Antônio Francisco, patrono da 17a edição da Feira do Livro de Mossoró
Por Amina Costa / Repórter do JORNAL DE FATO
Segue até amanhã, 5, a 17ª Edição da Feira do Livro de Mossoró, que está ocorrendo na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), e ocupa quase mil metros quadrados de área com livrarias, editoras, espaços de exposição para autores independentes e apresentação de atividades culturais. Ao todo, a Feira terá mais de 50 horas de intensa programação.
Nesta sexta-feira, 4, o evento é dedicado exclusivamente à poesia, sendo esse um dos grandes destaques da edição deste ano. Além de Antônio Francisco, patrono da Feira do Livro, que fará um recital poético às 19h, estarão também na programação outros tantos poetas de diferentes municípios do Rio Grande do Norte, que se revezam em recitais, durante todo o dia, na Tenda das Letras (montada na entrada da feira).
Em todo o evento, a literatura e a poesia popular ocupam um grande lugar de destaque. Os cordéis estão em todos os estandes e foi montado um espaço exclusivo para Academia Mossoroense de Literatura de Cordel, reunindo poetas da cidade e de todo o estado. Desde a inauguração da Feira, que ocorreu na última quarta-feira, 2, centenas de alunos e estudantes já visitaram os espaços.
A 17ª edição do evento foi aberta oficialmente com apresentações culturais e discursos emocionados sobre a importância da leitura. O organizador da feira, Rilder Medeiros, comentou a emoção de realizar mais uma edição do evento, que conta com exposições, vendas de livros, lançamentos e rodas de conversas com autores convidados. Rilder Medeiros enfatizou a importância da Feira do Livro também para o público infantil, como forma de contribuir para que as crianças desde cedo despertem para o hábito da leitura.
“São quatro dias de atividades, de programação cultural, e uma delas, por exemplo, na sexta-feira, a gente vai se dedicar somente à poesia. Neste ano iremos homenagear duas saudosas professoras e escritoras: a professora Kaliane Amorim, aqui de Mossoró, que nos deixou recentemente; e a professora Salizete Freire, que também participou de várias edições da Feira do Livro de Mossoró”, frisou o coordenador da Feira.
Mais de 700 mil pessoas já visitaram a feira ao longo das suas 16 edições. A Feira do Livro de Mossoró surgiu em agosto de 2005 com o objetivo de incentivar o hábito da leitura de uma maneira divertida e espontânea. Este ano, participam do evento cerca de 15 expositores representando dezenas de editoras locais e nacionais.
A 17ª edição da Feira do Livro de Mossoró conta com o patrocínio do Governo do RN, Livraria Independência (a primeira empresa mossoroense a patrocinar o evento) e a Progresso Distribuidora, por meio da Lei Câmara Cascudo. Mais informações sobre as atividades, atrações e exposições na feira, por meio do perfil @flmossoro no Instagram.
Palestra "Literatura, História e Genealogia do RN" na programação
Nunca os livros de genealogia foram tão procurados pelos leitores como nos últimos anos. Movidos pela curiosidade histórica e muitas vezes também pela busca da cidadania europeia, por meio da confirmação de vínculos com descendentes de judeus que migraram para o Brasil séculos atrás, muitos potiguares têm dedicado meses e até anos de pesquisa debruçados sobre livros de genealogia e história do Rio Grande do Norte, Brasil e Portugal.
Um dos maiores pesquisadores da história e genealogia potiguar esteve na 17ª Feira do Livro de Mossoró: o potiguar Luiz Fernando Pereira de Melo. Engenheiro de formação e pesquisador e escritor por paixão, ele ministrou na tarde de ontem, 3, a palestra "Literatura, História e Genealogia do RN". Na ocasião, a palestra foi mediada pelo advogado, pesquisador e historiador potiguar Marcos Pinto.
Luiz Fernando Pereira de Melo publicou nos últimos três anos um total de oito livros, todos sobre genealogia e história do Rio Grande do Norte, entre eles os concorridos “Um Ramo Judaico dos Medeiros do Seridó”, “Genealogia e Fatos do Sertão do Norte de Baixo”, e “Prelúdio do Cangaço no Sertão do Assú: A saga do coronel Antônio da Rocha Bezerra”.
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