Terça-Feira, 14 de maio de 2024

Postado às 09h00 | 14 Out 2023 | Redação Conflito em Israel: voo com estudantes da Ufersa chega ao Rio com mais 205 passageiros

A aeronave aterrissou sob aplausos dos passageiros no início da madrugada deste sábado, às 2h44, no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Na cabine, 207 brasileiros, dois cachorros e dois gatos.

Crédito da foto: Divulgação Francisco Chagas Barbalho Neto e Roosevelt Araújo Sales Júnior estão entre os passageiros

A aeronave KC-30, do Governo Federal, aterrissou na manhã deste sábado, 14, no Aeroporto do Galeão, Rio de Janeiro, com brasileiros que estavam em Israel. É o quarto voo de repatriação organizado pelo governo. Com a chegada do voo, já são 701 os brasileiros repatriados em uma semana, desde que teve início o conflito no Oriente Médio, no último sábado, 7.

Entre os passageiros estão os estudantes Francisco Chagas Barbalho Neto e Roosevelt Araújo Sales Júnior, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Do Rio, eles seguem para Fortaleza/CE, onde serão recebidos pela reitora Ludimilla Oliveira.

A aeronave aterrissou sob aplausos dos passageiros no início da madrugada deste sábado, às 2h44, no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Na cabine, 207 brasileiros, dois cachorros e dois gatos. Com a chegada do voo, já são 701 os repatriados em uma semana na Operação Voltando em Paz, desde que teve início o conflito no Oriente Médio, no último sábado, 7/10.

"Infelizmente, né? Não é uma viagem muito feliz. Eu moro em Israel faz nove anos. Diante da situação, acabou que tive de sair, mas fiquei alegre com o suporte para que a gente pudesse sair em segurança, com o cachorrinho, eu grávida. Eu me senti muito cuidada até agora, tudo deu certo", afirmou Luiza, que tem como destino final Ribeirão Preto, no interior paulista.

Ao todo, o destino dos 207 passageiros dessa escala aponta para 18 cidades. Ilana Zeigerman e Bruna Tabajara Brilman , por exemplo, têm como destino final a capital federal, Brasília. Para elas, o significado do momento é um misto de alívio, por trocar um cenário de frequentes estouros provocados pelo sistema de defesa antiaéreo israelense interceptando foguetes, pela tranquilidade de Brasília, e de orgulho pela ação ágil e profissional do país.

"Eu estou muito orgulhosa de meu país. Resgataram a gente numa situação muito vulnerável. Era tudo o que a gente estava precisando neste momento. É com satisfação que a gente está indo para casa, aliviadas", afirmou Ilana. "O alívio não tem como explicar, de poder contar com o país num momento tão difícil", completou Bruna.

Mossoró

Os estudantes viajaram para Israel cerca de uma semana antes de serem realizados os ataques que iniciaram a guerra entre Israel e os Hamas, que controlam atualmente a Faixa de Gaza. No início desta semana, a reitora da Ufersa, Ludimilla Oliveira, conversou por meio de uma live com os estudantes e explicou que a repatriação só poderia ocorrer com a permissão da Embaixada do Brasil em Israel.

A reitora frisou que Francisco das Chagas Neto e Roosevelt Júnior ficaram em segurança durante todo o tempo em que permaneceram em Israel. Ela explicou ainda que o processo de repatriação seguiu conforme os protocolos da Embaixada, priorizando os brasileiros que estavam em situação mais vulnerável. “A Embaixada priorizou aqueles que não tinham onde ficar, além de idosos e crianças”, disse a reitora durante a live.

Em vídeo gravado pelos estudantes e divulgado pela assessoria da Ufersa, eles mostraram que estavam embarcando e agradecem por toda a atenção da Universidade, dos membros da empresa na qual estavam estagiando, e ressaltaram que sempre estiveram em segurança. A cidade onde os estudantes permaneceram fica no extremo sul de Israel e não foi atingida pelos ataques.

“Já estamos embarcando e iniciando a missão de voltar em paz. Agradecemos a atenção de todos vocês, todas as mensagens de carinho, os votos de que o retorno fosse em segurança, todas as orações que foram enviadas. Agradecemos também a professora Ludimilla, que nos apoiou e que, com todo o suporte, conseguiu com que esse nosso retorno fosse em paz. A nossa experiência em Israel foi ótima, mas a gente entende que a prioridade é a nossa segurança”, disseram os estudantes.

O deslocamento dos estudantes até o aeroporto de Tel Aviv foi feito por meio terrestre e conduzido pelo instituto de pesquisa que acompanha os estudantes em Israel. “Desde o início, estamos acompanhando todo o processo negociando diretamente com a Embaixada de Israel”, pontuou a professora Ludimilla Oliveira, ao agradecer todo empenho e prioridade dados pela Embaixada de Israel no Brasil para o retorno dos estudantes da Ufersa ao território nacional

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