Secretária Lyane Ramalho cumpriu agenda em Mossoró
Por Amina Costa / Repórter do JORNAL DE FATO
As obras no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), que estão paralisadas desde o mês de janeiro, devem ser retomadas após a liberação de recursos, conforme informação divulgada pela secretária de Saúde do Estado, Lyane Ramalho. A secretária cumpre agenda em Mossoró desde a última segunda-feira, 4, com o intuito de visitar as unidades hospitalares e realizar o alinhamento da gestão.
Em entrevista concedida ao programa Jornal da Tarde, da Rádio Rural de Mossoró, Lyane Ramalho informou que a retomada das obras depende da liberação de recursos federais, já que o montante é fruto de emendas parlamentares. A obra é orçada em R$ 10,3 milhões, sendo R$ 6,6 milhões de emenda do senador Styvenson Valentim e o restante de recursos próprios.
De acordo com as expectativas do Governo do Estado, a previsão é de que eles sejam liberados nos próximos dias e que as obras sejam retomadas o quanto antes. “A maior parte do recurso para as obras no Hospital Tarcísio Maia é federal, fruto de emendas parlamentares. Por isso, a governadora Fátima Bezerra está em constante diálogo com o Ministério da Saúde, a fim de que esses recursos sejam liberados o quanto antes, de forma que as obras sejam retomadas nos próximos dias”, disse.
Lyane Ramalho explicou ainda que, com a obra, muitos setores do Hospital Tarcísio Maia serão totalmente revitalizados. “Os setores de nutrição e lavanderia, por exemplo, terão uma cara nova após essa reforma. Hoje, alguns setores, como é o caso da UTI, já funcionam em boas condições, ampliando a qualidade do tratamento dos pacientes”, relatou.
Durante a entrevista, a secretária de Saúde do Estado informou que, durante o período de reforma da maior unidade hospitalar de urgência e emergência da região Oeste, alguns pacientes devem ser transferidos temporariamente para outros hospitais estaduais de Mossoró. “Alguns serviços permanecerão no HRTM e outros serão transferidos temporariamente para o Hospital da Mulher Parteira Maria Correia e para o Hospital da Polícia Militar até a conclusão das obras”, disse.
Lyane Ramalho enfatizou que as obras que estão sendo realizadas desde agosto de 2023 no Hospital Regional Tarcísio Maia são de suma importância para a saúde no Estado, pois garantirá maiores possibilidades de atendimento para os pacientes. “Aos poucos, dentro das possibilidades, vamos tornar o Tarcísio Maia melhor para a população”, concluiu.
Na agenda da secretária de saúde em Mossoró já constou visita ao Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, encontro com representantes das associações de pessoas com doenças raras, reunião administrativa com a secretária municipal de Saúde, Morgana Dantas, e visita ao HRTM. De acordo com a assessoria da Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESAP), Lyane Ramalho “está conduzindo agendas internas, de alinhamento de gestão”.
MPRN já havia solicitado o retorno imediato das obras
Na semana passada, a 10ª Promotoria de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Norte, Comarca de Mossoró, emitiu uma recomendação, na qual pedia ao Governo do Estado a retomada imediata das obras do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), sob pena de serem adotadas medidas judiciais cabíveis.
No documento, o MPRN orienta que o Estado adote medidas administrativas necessárias para assegurar a retomada das obras até a sua conclusão, cumprindo cronograma previamente estabelecido. O MPRN justificou a recomendação pelo fato de o HRTM ser uma unidade hospitalar de referência para atendimento de urgência e emergência de Mossoró e de mais de 80 municípios.
“O Hospital Regional Tarcísio de Vasconcelos Maia é a unidade hospitalar de referência para atendimento de urgência e emergência de Mossoró e de mais de 80 municípios que integram a Região Oeste do Estado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, a necessidade de as obras da referida unidade hospitalar seguirem o cronograma de execução dos serviços sem eventuais paralisações, a fim de evitar possíveis fragilidades no plano de transferências dos serviços prestados para os outros hospitais”, aponta o órgão Ministerial.
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