Pequenos negócios
Por Edinaldo Moreno / Repórter o Jornal de Fato
O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apontou que, no acumulado dos primeiros cinco meses de 2024, os pequenos negócios foram responsáveis pela geração de seis em cada 10 novos empregos criados na economia do país. Segundo levantamento feito pelo Sebrae, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), esse segmento gerou aproximadamente 655 mil novos postos de trabalho, em um universo de pouco mais de 1 milhão de vagas abertas entre janeiro e maio.
De acordo com o órgão, o Rio Grande do Norte registrou um incremento de 6,19% no número de empregos gerados nos pequenos negócios, no acumulado entre janeiro e maio de 2024, em relação ao mesmo período de 2023. Ainda segundo o Sebrae, os micro e pequenos negócios do RN geraram 8.217 empregos de janeiro a maio de 2024, enquanto em 2023 o número registrado foi de 7.738.
O Sebrae ressalta ainda que, embora o mês de maio de 2024 tenha registrado um déficit de 14% no número de vagas (1.459) em relação a 2023 (1.702), puxado, sobretudo, pela sazonalidade da agricultura, os resultados do setor são positivos quando analisados o período acumulado dos primeiros cinco meses do ano.
A entidade explica também que, levando em consideração o porte das empresas, o crescimento no número de empregos gerados pelas micro e pequenas empresas foi de 5% no período de um ano para outro (2023 – 7.683 postos de trabalho/2024 – 8.090 postos de trabalho) e a da pequena empresa, 131% (2023 – 55 empregos/2024 – 127 empregos).
Já para o presidente do Sebrae, Décio Lima, o levantamento confirma a importância dos donos de pequenos negócios para a economia e mostra que, com o apoio de políticas públicas, especialmente na melhoria do acesso ao crédito, na inovação e na qualificação, essas empresas podem contribuir ainda mais com o crescimento do país.
“Estamos trabalhando, em sintonia com o governo do presidente Lula e do vice, Geraldo Alckmin, para ampliar a participação das micro e pequenas empresas no PIB brasileiro. Estamos com dados que demonstram que a geração de empregos pelas micro e pequenas empresas, em menos de seis meses, é de aproximadamente 655 mil novas vagas formais. Isso é determinante para uma maior distribuição de renda”, frisou.
RN registrou saldo positivo de 2,7 mil empregos formais em maio
Em termos de números totais de empregos gerados, sem levar em consideração o porte do negócio, o Rio Grande Norte apresentou em maio um saldo de 2.736 empregos formais, levando em consideração 19.624 admissões e 16.888 demissões ocorridas.
Em comparação ao mesmo mês em 2023, quando registrou 1.705 novos postos de trabalho, o percentual representa um incremento de 60%. No mês de maio os setores que mais se destacaram com saldo de emprego foram Serviços (+1.422), Construção (+680, sendo 318 só no segmento construção de edifícios) e Indústria (+558). No Rio Grande do Norte, os municípios que mais criaram postos de trabalho no estado foram Natal (875), Mossoró (874) e Parnamirim (402).
“Observamos um pequeno crescimento no número de empregos no período de janeiro a maio de 2024 em relação a 2023, apesar do mês de maio ter tido um resultado inferior a maio de 2023. A variação decorre principalmente pela sazonalidade característica no setor agropecuário do Estado”, comentou o superintendente do Sebrae-RN, Zeca Melo.
O resultado deixou o estado potiguar em 4º lugar na região Nordeste, superando Maranhão (2.416 empregos); Alagoas (2.224 empregos); Piauí (2.134 vagas); Paraíba (1.176); e Sergipe (723); e ficou atrás da Bahia (com 8.785 vagas geradas); Ceará (6.956 empregos criados); e Pernambuco (3.992 vagas geradas).
Somente em maio, de acordo com o levantamento do Sebrae, as MPEs criaram cerca de 64 mil vagas (aproximadamente 50% do total de empregos gerados no mês). Os setores que lideraram, nesse período, foram: Serviços (36.529 vagas), Construção (17.601 empregos) e Comércio (com 6.999).
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