Sábado, 23 de novembro de 2024

Postado às 09h45 | 23 Ago 2024 | redação Garrafão de água mineral de 20 litros pode chegar a R$12 a partir de setembro

Crédito da foto: Reprodução Valor pode variar de acordo com a cidade e a marca da água comercializada.

Por Amina Costa / Repórter do JORNAL DE FATO

A partir do dia 1º de setembro, os consumidores do Rio Grande do Norte vão pagar mais caro pelo garrafão de 20 litros de água mineral e água adicionada de sais. Nesta quinta-feira, 22, o Sindicato das Indústrias de Cervejas, Refrigerantes, Águas Minerais e Bebidas em geral do Rio Grande do Norte (Sicramirn) informou que o reajuste do produto pode chegar a 20%.

“O aumento percentual pode variar entre 10% a 20%, dependendo do valor praticado por cada marca, e se estende para toda a cadeia produtiva”, informou o sindicato, por meio de um comunicado oficial. Com isso, alguns consumidores do estado podem chegar a pagar até R$12 no garrafão de 20 litros, dependendo da marca do produto.

De acordo com a assessoria de imprensa do sindicato, o valor médio do garrafão de 20 litros é de, atualmente, 8 a 11 reais, dependendo da cidade e da marca do produto. Com o reajuste, o aumento para o consumidor final pode ser de, em média, R$1. “O valor do garrafão de 20 l deve aumentar em média R$1 para o consumidor final”, disse a assessoria.

Reajustes tributários e o aumento no custo de produção foram alguns dos fatores que desencadearam esse aumento. De acordo com o presidente do Sicramirn, Joafran Nobre, o segmento já vinha analisando a possibilidade de reajuste há algum tempo. “O reajuste é uma necessidade do segmento, desde o envase na indústria, transportadores e revendedores até o ponto de venda aos consumidores finais”, informou.

A readequação dos valores decorre, entre outros fatores, do reajuste tributário, cujas novas alíquotas foram publicadas recentemente no diário oficial, pela Secretaria de Tributação do RN. Também contribui para esse reajuste o aumento nos custos de produção relacionado à alta dos insumos, como rótulos, tampas, lacres, garrafões e demais embalagens, cujas resinas possuem seus preços indexados ao dólar, bem como as despesas de mão de obra, custos de vigilância em saúde e garantia da segurança alimentar, além da alta no preço dos combustíveis.

“Os valores aplicados podem variar de acordo com cada empresa, pois cada uma tem sua própria estrutura de custos. A distância entre as fontes e os pontos de entrega também desempenha um papel crucial na determinação do preço final. Em qualquer caso, reiteramos o nosso compromisso em garantir a consistência, o cuidado e a manutenção da qualidade da água que chega às famílias potiguares”, conclui Joafran Nobre.

Daniel Penteado Lana, executivo do Sicramirn, reforçou que o reajuste é necessário para a sobrevivência não apenas dos produtores, mas também dos distribuidores. “Estes reajustes são necessários à sobrevivência de toda a cadeia produtiva, abrangendo não apenas a indústria, mas também nossos distribuidores”, reforça.


Chafarizes eletrônicos também interferem na comercialização de água mineral

O chafariz eletrônico é um sistema moedeiro, que funciona a partir de pulsos que dispersam água a partir de moedas de R$0,25, R$0,50 e R$1, com um sistema que regula os valores para dispersar a água de acordo com o preço que o cliente indicar na programação do próprio equipamento.

Em Mossoró, o sistema ficou bastante popular devido ao baixo custo e à facilidade de reabastecimento. Até o ano passado, a estimativa era de que existiam cerca de 200 equipamentos, espalhados em todos os bairros da cidade.

Apesar de toda a discussão que ocorreu em relação à qualidade da água, ainda é bem comum que os consumidores utilizem o equipamento para abastecimento de água. Por determinação do Ministério Público do Rio Grande do Norte, esse tipo de comércio precisa de alvará de funcionamento emitido pela Vigilância Sanitária.

 

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