Quinta-Feira, 19 de setembro de 2024

Postado às 09h45 | 19 Set 2024 | redação Em greve, funcionários da JMT cobram pagamento de salário e do cartão-alimentação

Crédito da foto: Jornal de Fato - Arquivo Luta dos trabalhadores da JMT vem de longo tempo

Por Amina Costa - Repórter do Jornal de Fato

A situação recorrente de atraso salarial levou os funcionários da empresa terceirizada JMT Service, que presta serviço ao Governo do Estado, a deflagrar uma greve por tempo indeterminado, iniciada nesta quarta-feira, 18. Os trabalhadores pedem o pagamento dos salários referentes ao mês de agosto, bem como o repasse do valor do cartão-alimentação, que ainda não foi feito pela empresa.

Os funcionários atuam nos hospitais da rede estadual e são responsáveis pelos serviços de alimentação, higienização, manutenção, lavanderia e maqueiro. Ao todo, cerca de 200 pessoas trabalham nos hospitais da rede estadual de Mossoró, concentrando a maior parte dos serviços no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), que é a maior unidade da região Oeste.

De acordo com Adjakson Carvalho, delegado sindical do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde em Hospitais, Clínicas e Laboratórios Privados de Mossoró (SINTRAHPAM), sindicato que representa a categoria, com a greve, estão sendo realizados apenas os serviços essenciais, priorizando a alimentação e assistência dos pacientes. Ele enfatiza ainda que a paralisação segue mantida até que os pagamentos sejam realizados.

“Está funcionando apenas 30% do efetivo, preservando as situações dos pacientes como alimentação e os direitos deles. Os demais serviços, como alimentação dos servidores, manutenção e higienização, ficarão suspensos até que o problema seja resolvido. Com a greve, estão trabalhando, em média, 10 a 15 pessoas em cada turno no HRTM, representando os 30% estabelecidos por lei”, enfatizou o delegado sindical.

Em relação à paralisação, todos os hospitais da rede estadual em Mossoró foram notificados, embora a maior parte das atividades tenha sido paralisada no Tarcísio Maia. “A JMT atende todos os hospitais da rede estadual de saúde, de forma que a greve também se estende para os demais hospitais. Como Mossoró é uma cidade polo e tem o maior hospital de urgência e emergência da região, a greve está sendo concentrada no Hospital Tarcísio Maia. Também foram enviados documentos informando sobre a greve para o Hospital Regional da Mulher Parteira Maria Correia e o Hospital Regional Rafael Fernandes”, explicou.

 

Sentimento dos trabalhadores é de revolta e desespero

As incertezas em relação ao pagamento dos salários tem gerado um sentimento de tristeza e revolta nos servidores da empresa terceirizada JMT Service. Sem a perspectiva de regulação salarial e os constantes atrasos, que ocorrem todos os meses, têm abalado financeira e psicologicamente os trabalhadores da empresa.

“Infelizmente, estamos passando por essa situação que é recorrente em todos os meses. O sentimento que temos é de revolta, porque os trabalhadores estão há vários meses recebendo os seus salários com atraso, deixando de cumprir com os seus compromissos”, disse, Adjakson Carvalho, delegado sindical do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde em Hospitais, Clínicas e Laboratórios Privados de Mossoró (SINTRAHPAM).

O delegado sindical pede ao Governo do Estado e à JMT que cumpra com os compromissos, informando que muitos trabalhadores estão passando por necessidades. “Tem trabalhadores que estão com o aluguel atrasado, estão precisando comprar alimentação, têm a responsabilidade de manter os compromissos, mas, infelizmente, o Governo do Estado e a JMT não honram esse compromisso de fazer o pagamento, que é de direito dos trabalhadores”, concluiu.

 

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