Censo Demográfico de 2022, com dados preliminares da amostra revelou informações sobre a condição de ocupação dos domicílios particulares permanentes no Brasil, regiões e nos municípios potiguares com mais de 100 mil habitantes. Veja dados de Mossoró
O levantamento divulgado pelo IBGE mostra que a Capital do Oeste tinha 24,61% dos domicílios alugado
O Censo Demográfico de 2022, com dados preliminares da amostra revelou informações sobre a condição de ocupação dos domicílios particulares permanentes no Brasil, regiões e nos municípios potiguares com mais de 100 mil habitantes. De acordo com a Síntese dos Domicílios divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (12), Mossoró registra percentual de quase 25%, o que significa que um a cada quatro habitantes residiam num domicílio alugado.
O Censo 2022 destaca que a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte tinha 24,61% dos domicílios alugados. Já Natal, a capital do estado, registrava 31,37% nesta situação e Parnamirim, com 32,34%. Em São Gonçalo do Amarante, os domicílios alugados representaram 20,68%, abaixo da média nacional e estadual.
No Rio Grande do Norte, 71,99% dos domicílios eram próprios, 21,7% estavam alugados, 5,74% eram cedidos ou emprestados e 0,57% estavam em outra condição. Com esse resultado, o estado apresentou um percentual de domicílios próprios semelhante à média nacional, mas abaixo da média da região Nordeste.
Entre os municípios potiguares com mais de 100 mil habitantes, São Gonçalo do Amarante destacou-se com 72,83% dos domicílios próprios, superando tanto a média nacional quanto a estadual. Em Mossoró, esse percentual foi de 69,63%, enquanto Natal registrou 63,46% e Parnamirim, 62,58%, ficando abaixo da média estadual e nacional.
O município de Ruy Barbosa registrou o maior percentual de moradores em domicílios próprios (90,83%), seguido por Pedra Preta (89,84%) e Jundiá (89,15%). Esses municípios apresentaram baixos índices de imóveis alugados, reforçando o predomínio da propriedade como condição de ocupação. Em contrapartida, Caicó apresentou o menor percentual de moradores em domicílios próprios (61,48%), seguido por Serra Negra do Norte (63,58%) e Pau dos Ferros (64,51%).
No Brasil, 71,25% dos domicílios foram classificados como próprios de algum morador, enquanto 22,23% estavam alugados, 5,68% eram cedidos ou emprestados e 0,84% estavam em outra condição. No Nordeste, o percentual de domicílios próprios foi superior à média nacional, atingindo 75,75%. Já os domicílios alugados no Nordeste somaram 18,17%, enquanto os cedidos ou emprestados representaram 5,44% e aqueles em outra condição 0,64%.
No que diz respeito aos domicílios cedidos ou emprestados, São Gonçalo do Amarante apresentou o menor percentual entre os municípios analisados (4,41%), enquanto Natal registrou 4,63%, Parnamirim, 4,55%, e Mossoró, 4,87%, todos abaixo das médias nacional, regional e estadual.
Entre 2000 e 2022, excluídas outras condições, o percentual de moradores em domicílios próprios diminuiu no Rio Grande do Norte e nos municípios analisados. No estado, o percentual caiu de 78,8% em 2000 para 73,8% em 2022. Em Parnamirim, a redução foi ainda mais expressiva, de 80,4% para 65,0%, e em Natal, de 77,9% para 65,2%.
Por outro lado, o percentual de moradores em domicílios alugados aumentou em todos os locais analisados. No Rio Grande do Norte, esse percentual subiu de 10,5% em 2000 para 20,1% em 2022. Em Natal, o aumento foi de 16,4% para 29,7%, e em Parnamirim, de 13,8% para 30,0%. São Gonçalo do Amarante foi o único município em que o percentual de moradores em domicílios próprios se manteve estável entre 2010 e 2022, em 74,8%.
REVESTIMENTO
No Rio Grande do Norte, 92,76% dos domicílios particulares permanentes ocupados possuíam paredes externas de alvenaria ou taipa com revestimento, superando as médias, nacional (87,91%) e do Nordeste (88,33%). Entre os municípios potiguares com mais de 100 mil habitantes, Natal e Parnamirim registraram os maiores percentuais, ambos com 94,49%.
Por outro lado, Mossoró apresentou o menor percentual de paredes com revestimento (90,69%) e o maior de alvenaria sem revestimento (8,61%). Em São Gonçalo do Amarante, 92,26% das paredes tinham revestimento, enquanto 7,39% eram de alvenaria sem revestimento. O uso de outros materiais, inclusive reaproveitados, não superou 1% em todo o estado.
RN registrava 46% dos domicílios com dois moradores com 15 anos ou mais
O Rio Grande do Norte, em 2022, tinha 46,20% dos domicílios com dois moradores com 15 anos ou mais, próximo à média nacional (46,67%), segundos os dados divulgados pelo IBGE na última quinta-feira (12).
São Gonçalo do Amarante destacou-se com a maior proporção nesse grupo (49,25%), enquanto Natal apresentou o maior percentual de domicílios com apenas um morador (22,34%). Destaca-se que em todos os níveis geográficos, domicílios com dois moradores predominam, com percentual próximo a 50% do total. Em Mossoró, o número ficou em 46,08%, também próximo as médias estadual e nacional.
Ainda sobre a composição dos domicílios, os dados do Censo Demográfico de 2022 mostram que os domicílios sem moradores de 14 anos ou menos foram os mais representativos em todos os cenários. No Brasil, 63,54% dos domicílios estavam nessa condição, enquanto no Nordeste o percentual foi de 59,68%.
No Rio Grande do Norte, 60,55% dos domicílios não tinham moradores dessa faixa etária, com Natal apresentando o maior percentual no estado (65,46%) e São Gonçalo do Amarante o menor (55,91%). Na Capital do Oeste, o levantamento mostrou que em 60,98% dos domicílios em Mossoró não havia moradores de 14 anos ou menos. Esses resultados refletem uma predominância de domicílios sem crianças ou adolescentes no país e na região.
Mossoró está entre os municípios com o maior percentual de domicílios com conexão à internet
Sobre os domicílios com acesso à Internet, em municípios potiguares, Parnamirim liderou com o maior percentual de domicílios particulares permanentes ocupados com conexão à Internet, alcançando 95,34%. Em seguida, destacaram-se São José do Seridó (93,77%), Areia Branca (92,93%), Mossoró (92,62%) e Caicó (92,6%).
Na outra extremidade, os menores percentuais foram registrados em Parazinho (71,16%), Lagoa de Pedras (69,66%), Espírito Santo (67,89%), Monte das Gameleiras (66,26%) e Sítio Novo, que apresentou o menor percentual (65,51%).
Conforme os dados preliminares da amostra, o Rio Grande do Norte apresentou um percentual de 35,59% de moradores em domicílios com conexão à Internet entre pessoas brancas, seguido por 44,43% entre pardos, 7,99% entre pretos, 0,23% entre indígenas e 0,14% entre amarelos.
Entre os municípios potiguares com mais de 100 mil habitantes, Parnamirim liderou com 45,00% entre brancos e 42,32% entre pardos. Mossoró registrou 39,46% entre brancos e 44,95% entre pardos, enquanto Natal apresentou 40,23% entre brancos e 42,26% entre pardos. São Gonçalo do Amarante obteve 30,58% entre brancos e 48,69% entre pardos. Esses dados refletem estimativas baseadas em áreas de ponderação preliminares da amostra do levantamento.
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