Categoria cobra diálogo por parte da gestão municipal para discutir as pautas de reivindicações 2025, principalmente em relação ao reajuste do Piso Salarial do Magistério. Professores reclamam um acumulado de 21,22% referentes aos anos 2023 e 2025
Categoria definiu indicativo de greve durante assembleia geral
Jornal de Fato
Os professores e professoras da rede municipal de ensino de Mossoró aprovaram indicativo de greve para o dia 10 de março. A mobilização faz parte da luta em defesa do reajuste do piso salarial nacional do Magistério. A categoria alega reajustes represados de 21,22%, compreendendo os 14,95% de 2023 e os 6,27% de 2025.
Em assembleia realizada na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM), nesta terça-feira, 25, a categoria entendeu que é preciso fortalecer o movimento para pressionar o prefeito Allyson Bezerra (União) a cumprir os reajustes que estão acumulados.
A categoria cobra a abertura de diálogo por parte da gestão municipal para discutir as pautas de reivindicações 2025, principalmente em relação ao reajuste do Piso do Magistério.
“Vivemos um momento de achatamento salarial e a gestão, apesar de dizer na imprensa que está aberta ao diálogo, concretamente não deu qualquer sinalização oficial de que está disposta a ouvir a categoria através do Sindiserpum e atender aos seus pleitos”, afirma a diretora financeira do sindicato, professora Vencerlina Gondim.
“Uma greve é a última instância na tentativa de conseguirmos assegurar os nossos direitos e é um instrumento legal de luta dos trabalhadores”, diz a presidente do sindicato, professora Eliete Vieira. “Mas caso não haja qualquer avanço no sentido de ao menos se discutir o que foi apresentado pela categoria, infelizmente não haverá outro caminho”, alerta.
Em 2023, quando Allyson Bezerra decidiu não respeitar a lei do Piso Salarial Nacional do Magistério, os professores deflagraram a greve, mas o prefeito não recuou. Pelo contrário, ele judicializou o movimento e acabou ganhando na Justiça. Os profissionais voltaram para a sala de aula sem nenhum ganho salarial.
Já em 2024, ano eleitoral, Allyson cumpriu o reajuste do piso salarial do magistério, aplicando os 3,62% definido por lei. Agora, em 2025, o prefeito decidiu não dialogar com o sindicato que representa a categoria e, até agora, não decidiu se respeitará a lei e implantará os 6,27% de reajuste nos salários dos professores.
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