Por Amina Costa / Jornal de Fato
Após amargar dois meses seguidos de desempenho negativo na geração de empregos formais, Mossoró apresentou uma significativa melhora no saldo de empregos gerados no mês de fevereiro. Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados no último fim de semana, apontaram que Mossoró fechou o mês de fevereiro com o saldo de 73 empregos gerados.
O bom desempenho registrado em Mossoró se deu, principalmente, pelos bons resultados do setor de serviços, que conseguiu se destacar como o que mais empregou durante o mês de fevereiro. O setor conquistou um saldo de 322 novos empregos gerados, após realizar 1.774 contratações e 1.452 desligamentos.
O resultado do setor é ainda mais surpreendente quando comparado aos resultados registrados em dezembro de 2024 e janeiro de 2025. Em dezembro, o setor de serviços teve um saldo negativo de -394 empregos, sendo este o seu pior desempenho desde maio de 2020 (auge da pandemia da Covid-19). Em janeiro, o setor apresentou uma leve reação, mas também fechou o mês com saldo negativo de empregos formais (-181).
Além do setor de serviços, o comércio de Mossoró também registrou saldo positivo de empregos no mês de fevereiro, após dois meses de quedas. Com a criação de 64 novos postos de trabalho, o setor mostra uma leve recuperação. Em dezembro de 2024, o comércio de Mossoró fechou o mês com um saldo de -27 empregos formais, enquanto que em janeiro o déficit foi ainda maior, com saldo de -44 postos de trabalho.
Outro setor que apresentou saldo negativo de emprego em janeiro, conforme os dados do Novo Caged, foi a indústria. O saldo de 14 novos empregos foi fruto de um total de 352 admissões e 338 demissões. Apesar de ter fechado o mês com saldo positivo, o desempenho do setor foi inferior ao registrado em janeiro, quando apresentou saldo de 73 novos postos de trabalho.
Agropecuária e construção civil apresentaram, respectivamente, os maiores números de demissões no mês de fevereiro. O primeiro, com saldo negativo de -286 empregos, realizou 451 desligamentos e apenas 165 admissões. Historicamente, os primeiros meses do ano são marcados pelo aumento das demissões no setor agropecuário. O número de admissões tende a voltar a crescer no segundo semestre.
No caso da construção civil, que apresentou saldo de -41 empregos no mês de fevereiro, vem registrando oscilações nos últimos meses. Após apresentar queda no número de contratações em novembro e dezembro de 2024, o setor teve uma leve recuperação em janeiro, quando voltou a ter saldo positivo. Mas em fevereiro voltou a registrar mais demissões do que contratações.
Rio Grande do Norte teve saldo positivo de 2.495 empregos gerados em fevereiro
O Rio Grande do Norte teve saldo positivo de 2.495 empregos gerados em fevereiro deste ano, um aumento de 787% em relação ao mesmo período do ano passado. Trata-se de um crescimento recorde na série histórica da plataforma do novo Caged.
“Em fevereiro de 2025, o Estado registrou 22.502 admissões e 20.007 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 2.495 novos postos de trabalho. Quando comparado ao mesmo período de 2024, fevereiro de 2025 registrou um aumento percentual de 787% na geração de empregos, alcançando um recorde desde 2020, ano em que a nova plataforma foi implementada”, aponta a análise feita pelos economistas da SEDEC.
Nesse cenário positivo, o setor de Serviços foi o principal responsável pelo avanço, criando 2.367 novas vagas no mês, mais que o dobro das 1.163 geradas no mesmo período do ano passado. O Comércio também apresentou sinais de recuperação, com saldo positivo de 558 empregos, um aumento de 74% em relação a fevereiro de 2024.
“O bom desempenho está ligado ao fortalecimento do turismo e ao crescimento de segmentos como ensino, saúde e setor imobiliário. Os números também evidenciam um fortalecimento da dinâmica de geração de empregos, com saldo de 2.201 vagas abertas no 1º bimestre no estado”, explica o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.
O desempenho potiguar também se destaca na comparação regional. Estados vizinhos apresentaram saldo negativo em fevereiro – como Alagoas, que perdeu 5.471 empregos – ou tímido, como a Paraíba que abriu apenas 525 vagas.
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