Por Edinaldo Moreno / Jornal de Fato
O Rio Grande do Norte é uma das oito unidades federativas que registrou seca em 100% do território em abril. É o que aponta a última atualização do Monitor de Secas, entre março e abril, elaborado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo.
Conforme o levantamento mais recente, no período analisado, a área com seca no território potiguar aumentou de 34% para 100% do estado. Segundo o Monitor de Secas, desde dezembro de 2024, é a primeira vez que o Rio Grande do Norte registrou seca na totalidade de seu território.
Ainda de acordo com o monitoramento, a severidade da seca se intensificou no Rio Grande do Norte entre março e abril, visto que a seca moderada voltou a ser verificada em 36% do território. Essa é a condição mais severa do fenômeno no RN desde janeiro de 2024, quando houve seca moderada em 44% do estado.
Além do RN, os estados que registraram totalidade de seca em seu território no mês passado foram Alagoas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul. Nos demais estados com registro do fenômeno, os percentuais variaram de 27% a 96%.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de abril, seguido pela Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. No total, entre março e abril, a área com o fenômeno caiu de 6,36 milhões para 4,67 milhões de km², o equivalente a 55% do território brasileiro. No Rio Grande do Norte, a área com seca foi de 52.797 km² em abril.
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Centro-Oeste teve a condição mais branda do fenômeno em abril, enquanto o Nordeste teve a situação mais severa, com 29% da sua área com registro de seca grave. Entre março e abril, no Centro-Oeste e no Norte o fenômeno se abrandou, enquanto no Nordeste, Sudeste e Sul a seca se intensificou nesse período. Considerando a extensão da área com seca, houve redução da área com registro do fenômeno no Centro-Oeste, Sudeste e Norte. No Nordeste, a área com seca teve um aumento e na região Sul o fenômeno permaneceu presente em 90% de seu território.
Meses de abril e maio registraram chuvas abaixo do esperado em Mossoró
A Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seadru) divulgou recentemente relatório pluviométrico dos meses de abril e maio em Mossoró. Segundo o levantamento, os meses de abril e maio tiveram chuvas abaixo do esperado para o período. O acumulado nos dois meses ficou 63% abaixo do volume esperado.
Conforme o balanço, o quarto mês do ano teve acumulado 82,2 milímetros. O esperado para abril era de 182,2 mm. Já em maio, até o dia 22 choveu apenas 21 mm, sendo que o esperado para o mês era de 98,7 milímetros. No total, era esperado o volume de 281,5 mm, mas só choveu 104,0 mm, o que corresponde ao desvio negativo de 177,5 mm.
Por outro lado, o primeiro trimestre de 2025 registrou 57,9% acima do volume esperado para os três primeiros meses do ano. O acumulado no período chegou a 542,5 mm, enquanto o esperado era de 343,6 mm no somatório dos três meses.
Em janeiro, o total acumulado de chuvas foi de 155,1 mm, onde o esperado era de 69,2 mm. Já em fevereiro choveu 123,5 mm. O esperado para o mês era de 94,6 mm. Por fim, março foi o mês mais chuvoso do ano em Mossoró. O acumulado ficou em 263,9 mm, enquanto o esperado era de 179,6 mm na média histórica.
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