Da Redação do Jornal de Fato
Entre as cidades do Rio Grande do Norte com mais de 100 mil habitantes, Mossoró é a que tem o maior percentual de católico, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos quase 300 mil habitantes, conforme dados do Censo 2022, a cidade da padroeira Santa Luzia tem 59,66% católicos.
Parnamirim, na região Metropolitana de Natal, aparece com o menor percentual de católicos entre as cidades de maiores portes do RN, com 53,98%.
O IBGE mostra que houve variações entre as religiões evangélicas, com maior percentual em São Gonçalo do Amarante (29,11%) e Parnamirim (28,81%). A população sem religião oscilou entre 7,42% no Rio Grande do Norte e 9,92% em Mossoró.
As demais crenças religiosas (espíritas, umbanda/candomblé, tradições indígenas e outras religiosidades) apresentaram percentuais inferiores, com variações discretas entre os municípios. A categoria “Não sabe/não declarou” manteve-se abaixo de 0,2% em todas as regiões observadas.
Entre os municípios de pequeno porte, Ipaueira, na região Seridó, é o mais católico do Rio Grande do Norte, com 90,27% de sua população. Já Felipe Guerra, no Oeste potiguar, vai na contramão e aparece como o município com maior proporção de pessoas sem religião com 23,08%.
Em Baía Formosa, no litoral Sul, a diversidade religiosa se destaca. A cidade tem os maiores percentuais de evangélicos (34,28%), tradições indígenas (0,93%) e outras religiosidades (10,41%) do estado, além de uma das menores presenças católicas: apenas 46,44% da população local se declara católica.
Cenário
O IBGE apresentou a distribuição percentual da população residente com 10 anos ou mais de idade, segundo religião, para o Brasil e Nordeste por estado. O cenário religioso do Rio Grande do Norte teve mudanças significativas, conforme os dados apresentados nesta sexta-feira, 6.
O estado se manteve como o quinto do país com maior proporção de católicos atingindo 67,01% da população, mas a trajetória é de queda contínua: em 2000, o percentual era de 83,58%.
Já o número de evangélicos cresceu nas últimas duas décadas. Em 2000, representavam 8,92% da população potiguar. Hoje, somam 21,42%. Também chama atenção o crescimento da população que se declara sem religião, que já chega a 7,4% no estado.
A pesquisa mostra que os evangélicos têm maior presença entre os mais jovens ao contrário dos católicos, que predominam nas faixas etárias mais elevadas. A faixa entre 30 e 49 anos concentra as maiores proporções de evangélicos, sinalizando uma possível continuidade do avanço nas próximas décadas.
Outro dado importante diz respeito à escolaridade. Os espíritas apresentaram a maior taxa de alfabetização (98,7%) e também estão mais presentes entre os que têm ensino superior completo. Já os católicos, apesar de numerosos, concentram o maior percentual de pessoas não alfabetizadas (14,1%).
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