Os 340 alunos e os funcionários da Escola Padre Dehon deverão ser realocados na Escola Manoel João
Pais de alunos e funcionários da Escola Estadual Ambulatório Padre Dehon, localizada no Alto de São Manoel (zona leste), estão insatisfeitos com o fato de o Governo do Estado ter tomado a decisão de fechar a escola, com a finalidade de reduzir os custos da Secretaria de Educação. A intenção é transferir os 340 alunos para a Escola Estadual Professor Manoel João.
A insatisfação se dá porque, segundo os funcionários, a Escola Manoel João não possui estrutura suficiente para abrigar todos os alunos e a sua localização não agrada os pais dos alunos, que terão de se deslocar com os seus filhos para um local mais distante.
“Aqui na Escola Padre Dehon, nós temos salas com ar condicionado, aulas nos três turnos e uma sala exclusiva para alunos com deficiência. Ou seja, a nossa estrutura é muito boa. Não tem como transferir alunos e funcionários para a Escola Manoel João porque a estrutura de lá não suporta os 340 alunos”, explicou um funcionário que pediu para não ser identificado.
O fechamento da Escola Padre Dehon faz parte de uma tentativa do Governo do Estado em reduzir os gastos de todas as secretarias, inclusive a de Educação. De acordo com as informações repassadas pelo funcionário, a Diocese, que é a proprietária do prédio onde funciona a escola, tentou manter um acordo, reduzindo o valor do aluguel, mas o Governo do Estado optou pelo fechamento da escola.
A reportagem do JORNAL DE FATO entrou em contato com a 12.ª Diretoria Regional de Educação, Cultura e Desportos Mossoró (DIREC) e foi informada que, desde o ano de 2015, são realizadas reuniões com a comunidade acadêmica para que seja feita a fusão entre as duas escolas, uma vez que o prédio onde funciona a Escola Padre Dehon requer um custo relativamente alto do Estado.
“A Direc jamais iria realizar uma fusão sem que a Manoel João tivesse estrutura para receber os alunos e funcionários da Padre Dehon. A quantidade de alunos da Escola Manoel João é bem menor, se comparado à outra. Prova disso é que o turno da tarde é ocioso, não tem aulas”, explicou a coordenadora pedagógica da Direc, Judivânia Fernandes.
A coordenadora pedagógica explicou que a Escola Manoel João funciona em uma estrutura pertencente ao Estado e que não gera custos adicionais com aluguéis. “Por ser um prédio do Estado, a secretaria não tem custos com aluguel do imóvel. Enquanto que a Escola Padre Dehon gera um custo de aluguel e reparos (que são custeados pelo Estado)”, disse.
A Direc informou ainda que ainda não existe data afixada para que essa fusão aconteça porque, entre outras coisas, a secretaria precisa realizar alguns reparos e pequenas reformas para adaptação do prédio. A coordenação pedagógica disse que, com a fusão, existirá a demanda de professores e funcionários e, por esse motivo, aqueles que trabalham na escola Padre Dehon deverão ser realocados junto com os alunos.
Tags: