Segundo os fiscais do CRO, os consultórios não tinham condições mínimas de atendimento á população
Não basta a falta de medicamentos das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), o descaso com o Hospital São Camilo de Lellis e o atraso no pagamento dos funcionários públicos, a Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) deixa de investir também nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) do Município. Na tarde desta quinta-feira, 20, o Conselho Regional de Odontologia (CRO-RN) interditou quatro dos cinco consultórios do CEO II por várias deficiências encontradas nas unidades.
O Centro Odontológico que funciona no bairro Santo Antônio (zona norte) foi parcialmente interditado por falta de condições mínimas de atendimento à população e de trabalho dos profissionais de odontologia. Os fiscais Souza Junior e Jane Nóbrega, cirurgiões-dentistas, encontraram medicamentos vencidos, três equipamentos de raios-X quebrados e focos de insalubridades nos cinco consultórios fiscalizados.
A interdição, segundo o conselho, deveria ser total, mas, para não deixar a população sem o atendimento, os fiscais decidiram por manter apenas um consultório funcionando.
O CEO é o centro de referência para a realização desses atendimentos mais graves, como tratamento de canal, de gengiva, cirurgias, extrações de siso, próteses e atendimento para portadores de necessidades especiais.
A fiscalização também esteve no CEO I, que fica no bairro Bom Jardim (zona norte), e constatou o descaso da Prefeitura com o atendimento à população na área odontológica. A unidade está fechada desde o final de setembro. A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde informou à reportagem que, em relação ao CEO I, está sendo analisado um local para que as atividades sejam retomadas o mais rápido possível.
“O CEO I está fechado há algum tempo e a Secretaria está verificando a possibilidade de parcerias com o Estado ou algum outro órgão para retomar as atividades. Esperamos que esse retorno aconteça ainda neste mês”, disse a assessoria de imprensa.
Em relação às irregularidades do CEO II, a assessoria de imprensa informou que a Secretaria de Saúde vai fazer as regularizações necessárias para que os atendimentos sejam restabelecidos o mais rápido possível, não gerando transtornos à população. “A Secretaria de Saúde vai buscar regularizar a situação do CEO II para manter os atendimentos odontológicos. Essa regularização deve ser feita dentro do orçamento do Município”, informou.
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