Pesuisadores em moluscos de todo Brasil vão se reunir em Mossoró no próximo mês de junho. É que a Universidade Federal Rural do Semi-Árido estará sediando o XXV Encontro Brasileiro de Malacologia. Paralelo ao encontro, que acontece no período de 19 a 23, acontece também o II Simpósio Latino Americano de Jovens Taxonomistas. A estimativa da coordenadora do Encontro, a professora da Ufersa Inês Xavier Martins, é reunir mais de 500 pesquisadores da área. “Vão estar aqui também muitos pesquisadores latinos americanos daí se configurar como um evento sul-americano”, reforça a professora Inês Martins. O diferencial é que outros países da América do Sul não realizam um congresso específico para a pesquisa com moluscos.
Os trabalhos que serão apresentados vão abranger todas as áreas, principalmente o potencial fóssil (símbolo do evento), alimentação (extrativismo), biologia e saúde pública uma vez que alguns moluscos são hospedeiros intermediários para algumas doenças. Segundo a professora, a Ufersa desenvolve pesquisas com moluscos nas áreas de recursos pesqueiros e aquicultura. “Vamos ter uma mesa redonda com a participação de representantes de associações de Porto do Mangue que atuam com o extrativismo de moluscos”, adiantou a professora, ratificando a importância do evento para a região nordeste.
As inscrições já estão abertas e prosseguem até a véspera do evento, efetuando-a antecipadamente, até o dia 28 de fevereiro ou 30 de abril, o participante terá desconto na taxa de inscrição. Essa é a segunda vez que Mossoró recebe o Encontro de Malacologia, a primeira foi em 1977, quando a Universidade era Escola Superior de Agricultura. Os pesquisadores e estudantes interessados em apresentar trabalhos poderão submeter a organização do evento até o dia 30 de março. Para inscrições e submissão de trabalhos no site do XXV EBRAM.
O EBRAM é um evento bianual promovido pela Sociedade Brasileira de Malacologia (SBMa). A XXV edição tem como símbolo um molusco gastrópode fóssil, o qual reflete a vasta fauna malacológica presente na bacia potiguar durante o período mesozoico. Segundo a professora Inês Martins durante os três dias do Encontro serão discutidos temas de âmbitos gerais envolvendo os moluscos, como a conservação de espécies ameaçadas, estado da arte do extrativismo e cultivo de animais comestíveis, bioinvasão, taxonomia, aspectos biológicos, entre outros aspectos. A programação é extensa e inclui minicursos, palestras, conferências, mesas-redondas, oficinas e apresentação de trabalhos científicos.
Durante o evento haverá ainda exposições de conchas fósseis da bacia potiguar, exposição de conchas de colecionadores de todo o Brasil e exposição fotográfica de moluscos e comunidades pesqueiras do Rio Grande do Norte, além de visitas técnicas ao Lajedo de Soledade, em Apodi e, a Costa Branca, em Areia Branca.
Fonte: Ufersa.
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