Segunda-Feira, 24 de fevereiro de 2025

Postado às 11h23 | 07 Abr 2017 | Edinaldo Moreno ‘íšnica forma de barrar essa reforma é a união dos trabalhadores’, diz Carlos Gabas

Segundo ele, os números que estão sendo postos não condizem com a verdade. 'Não está quebrada'

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Edinaldo Moreno/Da redação

O ex-ministro da Previdência Social nos governos de Lula e Dilma, Carlos Gabas, foi um dos palestrantes do Fórum Permanente em Defesa da Previdência e da Cidadania e teceu várias críticas a reforma da Previdência proposta pelo presidente da República Michel Temer. Gabas falou dos prejuízos destas novas regras em vários aspectos para o trabalhador.

Segundo ele, os números que estão sendo postos não condizem com a verdade e enfatiza que a previdência não quebrada e nem falida. “A nossa previdência não está quebrada e nem falida. Eles colocam números duvidosos para não dizer que são mentirosos. Nós fizemos uma revolução silenciosa quando passamos por lá”, ressaltou Gabas. Ele disse que o sistema previdenciário brasileiro é um dos melhores do mundo.

E completa: “É mentira dizer que a previdência está quebrada. Eles mostram um dado totalmente distorcido. Nós queremos saber se o orçamento vai servir para os pobres ou para o capital privado. Esperamos que a classe política ouça a voz das ruas, dos trabalhadores”.

“A origem de nossa previdência é alemã. Eu pesquisei várias previdências no mundo e constatei que a nossa é uma das melhores do mundo. Existem problemas, mas ela não está quebrada e nem falida com anda dizendo”, assegura.

Carlos Gabas foi enfático ao dizer que a reforma tira os diretos dos trabalhadores. “A única forma dessa reforma não passar é a união dos trabalhadores. Ela retira direitos dos trabalhadores. Esta reforma está errada porque não discutiu com a sociedade. Ela não pode ser modificada por pretensos técnicos que se fecham em uma sala e não conhecem a realidade do país”, criticando a medida.

“Lula colocou o pobre no orçamento. Só num estado de exceção é que tira direitos dos trabalhadores desta maneira como vem ocorrendo. Em uma democracia isso não acontece. Por isso, que vamos parar o Brasil no próximo dia 28 de abril para que não se tire os direitos dos trabalhadores”, frisou.

O objetivo do encontro foi trazer informações e esclarecer para a população os efeitos danosos da reforma da previdência proposta pelo Governo Federal. O evento ocorreu na manhã desta sexta-feira, 7, no auditório do Hotel Villa Oeste.

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