Postado às 07h35 | 28 Abr 2017 | Edinaldo Moreno
Entidades e movimentos sociais fazem greve geral nesta sexta-feira contra reformas
Ato público no município será realizado ao longo do dia em protesto. Mobilização inicia í s 8h
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As principais entidades sindicais de todo o país deverão realizar nesta sexta-feira, 28, uma greve geral. A mobilização é um ato de protesto contra o projeto de terceirização e as reformas Previdenciária e Trabalhista.
Representantes sindicais dos trabalhadores em educação, professores das redes pública e particular, trabalhadores da saúde, previdenciários, policiais civis, professores e servidores públicos confirmaram a participação do movimento. A Associação de Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (ADUERN) e da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) também aderiram à paralisação.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários, Alfredo Neto, a categoria aprovou a greve geral para esta terça-feira. Com isso, o funcionamento das agências bancárias deverá ser interrompido.
Algumas instituições particulares também suspenderam as atividades nesta sexta-feira. A direção do Colégio Sagrado Coração de Maria (CSCM) e do Colégio Diocesano Santa Luzia (CDSL) decidiu paralisar suas atividades seguindo a orientação da Igreja Católica, de apoio ao movimento.
Além da Igreja, através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Conselho Federal de Economia (COFECOM) manifestaram apoio à mobilização desta sexta-feira contra as reformas Previdenciária e Trabalhista.
ATO PÚBLICO
Os representantes sindicais realizarão um ato público nesta sexta-feira. Pela manhã, a mobilização inicia às 8h, em frente à igreja de São João, no bairro Doze Anos. Na ocasião, membros de entidades e movimentos sociais se juntam para o cortejo até a catedral de Santa Luzia no Centro, onde ocorrerá o ato público com todas as categorias na Praça Vigário Antônio Joaquim.
À tarde, a programação segue com mais um ato público. A concentração será a partir das 15h, no largo da igreja do Alto de São Manoel. Em seguida, cortejo até a Praça Rodolfo Fernandes, conhecida como Praça do Pax, no Centro, onde ocorre uma mobilização de encerramento do Dia Nacional de Greve Geral Unificada.
SERVIÇOS
O comércio varejista deverá funcionar normalmente nesta sexta-feira, segundo informa a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (FECOMÉRCIO)
O Governo do Estado encaminhou nota, esclarecendo que nesta sexta-feira haverá expediente normal nas repartições públicas da administração direta e indireta do Estado. Conforme o Executivo, as secretarias e demais órgãos funcionarão nos seus respectivos horários de atendimento ao público.
A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN), no entanto, informa que adotará um horário especial de funcionamento devido à redução de frota do transporte público na capital e de possíveis modificações no trânsito em diversas cidades. O expediente será das 7h30 às 13h30. A companhia ressalta que as atividades consideradas essenciais serão mantidas, assim como o atendimento via contact center no número 115.
A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) manifestou apoio aos docentes e técnicos administrativos da instituição, que decidiram em assembleia pela adesão às mobilizações. Com isso, as atividades na instituição deverão ser suspensas nesta sexta-feira.
REFORMA TRABALHISTA
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite da última quarta-feira, 26, por 296 votos a favor e 177 votos contra, o projeto de lei (PL) 6.787/16, que trata da Reforma Trabalhista. O projeto altera mais de 100 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Entre as alterações, a medida estabelece que nas negociações trabalhistas poderá prevalecer o acordado sobre o legislado e o sindicato não mais precisará auxiliar o trabalhador na rescisão trabalhista.
A sessão que aprovou a reforma foi aberta na manhã desta quarta-feira e se estendeu até depois das 22h, com o final da votação do mérito da reforma.
Foram apresentados dez destaques pelos partidos de oposição e de partidos da base aliada que pretendiam modificar pontos do projeto (PL 6.786/16). No entanto, todos foram rejeitados. Os outros destaques que seriam votados nesta quinta-feira foram retirados e o conteudo segue para o Senado.
