Segunda-Feira, 24 de fevereiro de 2025

Postado às 08h15 | 06 Mai 2017 | Edinaldo Moreno Municí­pio terá centro especializado em casos de microcefalia

Ambulatório Materno Infantil estava fechado havia algum tempo

Crédito da foto: Foto: Cedida

A partir da próxima segunda-feira, 8, Mossoró terá um centro de referência para atendimento de crianças com microcefalia. O Ambulatório Materno Infantil (AMI) funcionará à Rua Venceslau Braz, no bairro Paredões, vizinho ao Centro Clínico Vingt-un Rosado, conhecido como PAM do Bom Jardim. 
 
Com o atendimento de referência, as crianças com microcefalia terão o acompanhamento, que já vem sendo realizado no Centro Clínico, otimizado. O AMI estava fechado havia algum tempo e, para reabri-lo, foi realizado um trabalho de reestruturação do prédio e das equipes que vão trabalhar no atendimento aos casos de microcefalia. 
 
“Fizemos todo um trabalho de reforma e reestruturação do prédio e das equipes. Com muito trabalho e empenho, estamos conseguindo reabrir o AMI na próxima semana e oferecer em uma unidade de referência de atendimento de diferentes especialidades para o público materno-infantil da região”, destaca a enfermeira Giselda Correia, que vai trabalhar nas novas instalações do AMI.
 
Como centro de referência em microcefalia, o AMI vai dispor de fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionistas, psicólogos, dentre outros especialistas capacitados para fazer todo o acompanhamento dessas crianças e possibilitar a elas um desenvolvimento saudável. 
 
Além de referência em microcefalia, o AMI oferecerá atendimento especializado voltado para criança, adolescente e mulher, principalmente no que se refere ao acompanhamento de gravidez de alto risco. A equipe multiprofissional que atuará na unidade é composta por obstetras, pediatras, gastropediatra, pneumologista infantil, assistente social, equipe de pré-natal de alto risco, entre outros. 
 
De acordo com os dados da Secretaria Municipal de Saúde, Mossoró tem 80 casos confirmados de microcefalia. O aumento da prevalência dos casos de microcefalia foi evidenciado em 2015, no mês de setembro, com pico em novembro daquele ano.
 
Desde então, as autoridades vêm realizando políticas para a não proliferação do mosquito transmissor do zika vírus, Aedes aegypti, que está associado aos casos de microcefalia. Também estão sendo realizados acompanhamentos com as grávidas que apresentam quadro de risco, além da distribuição de repelentes para as gestantes, a fim de que elas não sejam picadas pelo mosquito Aedes aegypti. 
 
 
Sesap registra aumento de um caso de microcefalia em um mês
 
O mais recente boletim epidemiológico do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) traz a notificação de apenas um caso de microcefalia ou alteração do sistema nervoso central em relação ao boletim anterior.
 
As informações incluem os dados inseridos no sistema até o dia 2 de maio e a novidade, com relação a boletim passado emitido em fevereiro, é o acréscimo de dois casos às estatísticas gerais da secretaria, sendo que um deles é relativo a um bebê nascido no ano de 2016 e outro a um nascido em 2017.
 
O documento atualiza as informações sobre a situação epidemiológica da microcefalia e outras malformações no Rio Grande do Norte, segundo as definições vigentes no “Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia”. Considerando os dados desde 2015, o Rio Grande do Norte está com 144 casos confirmados, 238 descartados e 106 em investigação.

Tags:

voltar