Sexta-Feira, 21 de fevereiro de 2025

Postado às 14h00 | 28 Ago 2017 | Redação Poluição eletromagnética está abaixo do nível de tolerância, revela pesquisa

Crédito da foto: Divulgação/Ufersa A pesquisa mostra que o município tem poluição eletromagnética. No entanto, ela está abaixo dos níve

O mestrando Talles Amony Alves de Santana, do Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Comunicação e Automação (PPGSA) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) está desenvolvendo um estudo para mapear e mensurar os níveis da poluição eletromagnética em Mossoró. Ele está sob a orientação do professor Humberto Dionísio de Andrade.

A pesquisa mostra que o município tem poluição eletromagnética. No entanto, ela está abaixo dos níveis controlados. “A poluição está abaixo do nível de tolerância o que é uma ótima notícia”, comemora o orientador.

A pesquisa teve início com um estudo do mapa georeferenciado de Mossoró, material que foi cedido pelo IBGE. A partir da análise do mapa, foram identificadas as localizações das principais torres de telefonia de celular e de radiofusão (estações de TV e rádio, exceto AM). “Essas são as principais fontes de poluição eletromagnéticas na faixa de frequência que pesquisamos que é a de 10 MHz a 8 GHz”, explica o mestrando.

O trabalho de medição será realizado em toda região metropolitana de Mossoró, mas a pesquisa foi iniciada no centro da cidade onde se encontra a maior concentração de torres. “Para entender como o equipamento se comporta e validar com precisão as ferramentas que utilizamos, resolvemos iniciar as medições pelo centro de Mossoró” disse o professor Humberto Dionísio. Ao todo, foram feitas 50 medições ao redor das torres que ficam no centro. “Se no centro o nível da poluição está bom, nos locais mais afastados vai tender a diminuir”, afirma o estudante.

A pesquisa ainda está sendo desenvolvida, mas já rendeu o artigo intitulado Comparison of spatial interpolation methods to determine exposure ratio to electric fields in urban environments, que foi publicado na revista científica internacional Electronics Letters, periódico com Qualis A2 da Capes na área de Engenharias IV. Acesse aqui a artigo publicado na revista Electronics Letters.

Outro fruto do estudo será a apresentação do trabalho Measurement Campaign on the Electromagnetic Environment in the Central Region of the City of Mossoro na Conferência Internacional de Microondas e Optoeletrônica, a IMOC 2017, que será realizada em Águas de Lindoia, em SP, no período de 27 a 30 de agosto de 2017. Acesse aqui o trabalho que será apresentado no congresso.

Segundo o professor Humberto Dionísio, as radiações constituem uma forma de energia que, de acordo com a sua capacidade de interagir com a matéria, podem se subdividir em radiações ionizantes e radiações não-ionizantes. As radiações ionizantes são aquelas que possuem energia suficiente para ionizar os átomos e moléculas com as quais interagem, sendo capazes de afetar as moléculas do ser humano e ocasionar mutações que podem levar a doenças como o câncer. “Um exemplo de tecnologia ionizante são os aparelhos de raio-x, alfa, beta e outras”, explica ele.

Já as tecnologias estudadas na pesquisa são do tipo não-ionizante, ou seja, são aquelas que não possuem energia suficiente para ionizar os átomos e as moléculas com as quais interagem, comenta o professor, alertando para que caso os níveis de poluição estivessem acima dos limites, mediante a uma longa exposição, o ser humano poderia sofrer alguns efeitos como fadiga, cansaço e dor de cabeça.

Com informações da assessoria de comunicação da Ufersa

Tags:

Mossoró
Talles Amony Alves de Santana
Ufersa
Humberto Dionísio
PPGSA

voltar