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Postado às 09h00 | 11 Jun 2018 | Redação Bombas juninas podem causar acidentes graves, principalmente em crianças

Crédito da foto: Marcos Garcia O manuseio de fogos de artifício e bombas de são-joão deve ser feito por adultos

Amina Costa/Da Redação

O período junino começou e, com ele, as atividades que são bem típicas desta época do ano. A principal delas é a venda de bombas e fogos de artifício, que fazem a alegria de crianças e adultos, principalmente nas noites de fogueira. No entanto, é preciso tomar bastante cuidado na hora de comprar as bombas juninas, para evitar acidentes, principalmente em crianças.

Em Mossoró, é comum ver uma roda de crianças soltando bombas juninas nos bairros da cidade, muitas vezes, sem a supervisão de adultos ou responsáveis, facilitando para a ocorrência de acidentes. É importante tomar alguns cuidados em relação ao local onde as bombas e fogos estão sendo utilizados, para que acidentes mais graves sejam evitados.

Para as crianças pequenas, os cuidados precisam ser redobrados, já que elas não têm discernimento para saber qual a bomba de são-joão mais adequada para a sua idade. Cabe aos pais saber quais os objetos adequados para a idade das crianças e estar sempre supervisionando na hora da brincadeira.

Foto: Marcos Garcia

Larissa Duarte, que tem um filho de dois anos, conta que toma bastante cuidado com as bombas que escolhe para a criança brincar neste período junino. Ela explica ainda que escolher e averiguar se as bombas precisam do uso de fogo para funcionar foi uma forma que ela encontrou de não privar o filho das brincadeiras juninas.

“Nesta época do são-joão há muitas coisas divertidas a serem feitas e perigosas também. Eu tenho uma criança de dois anos, não evito que ele experimente certas brincadeiras, mas quando se tratam de brincadeiras relacionadas a bombas, fogos e que envolvam fogo, eu acabo me precavendo, não deixando ele brincar e não comprando esse tipo de fogos”, conta.

Larissa Duarte comenta que procura sempre saber do vendedor do produto a forma certa de utilizá-lo, para evitar comprar um produto que não condiga com a idade do seu filho. “Quando eu vou comprar essas bombas, eu pergunto ao vendedor a forma que faz para aquele produto funcionar. E se ele precisar utilizar fogo, por mais que não pareça ofensivo, eu não levo para casa. Então, eu acabo optando por aquelas bombinhas que a gente solta e elas já estalam, bombas menos perigosas”, relata.

Foto: Marcos Garcia

Ela conta ainda que, além de escolher bombas adequadas para a idade do seu filho, também o mantém distante de crianças maiores, quando elas estão brincando com bombas um pouco mais perigosas. Larissa frisa que brincadeiras que envolvem fogo são imprevisíveis e que os cuidados têm que ser triplicados.

“Quando ele está na companhia de crianças maiores, que estão brincando com bombas mais perigosas, eu o mantenho mais distante, porque eu acho que o fogo nessas brincadeiras, a gente não tem noção de como pode terminar. Pode vir a queimar um dedo, soltar de forma errada e atingir outra pessoa. Então, eu o coloco mais distante e o deixo no cantinho dele com as bombas que eu comprei e que o vendedor me instruiu a usar da forma correta, sem necessidade de fogo”, explica Larissa Duarte.

 

Acidentes podem acontecer devido manuseio errado de bombas

Durante os festejos juninos, os principais riscos são aqueles que envolvem a instalação da decoração típica, o manuseio de fogos próximos à rede elétrica, a iluminação de ruas e quadras esportivas que se transformam em palco para as quadrilhas e das barracas que vendem comidas típicas e fogos de artifício.

A advogada Larissa Duarte conta que, quando era criança, presenciou um acidente provocado por uma bomba junina que ocorreu com um primo dela. Ela diz que, na época, o rapaz tinha 11 anos e não sabia manusear a bomba corretamente. Esse fato a deixou bem receosa com o fato de utilizar esses artigos durante o são-joão.

Foto: Marcos Garcia

“Eu, na minha infância, brinquei com bombas e cheguei a presenciar um acidente com um primo meu que não sabia utilizar a bomba. Ele colocou fogo no pavio, achou que não tinha acendido e acabou estourando a bomba na mão dele. Ele se queimou nos braços e na mão. Hoje, eu tomo muito cuidado na hora de manusear, porque sei que os acidentes podem ser bem maiores”, conta.

Para evitar esse e outros tipos de acidentes, é importante não soltar fogos de artifício na direção de postes e condutores de energia em hipótese alguma. Os artefatos só devem ser manuseados por adultos e utilizados em locais distantes da fiação, afastados também de bandeirinhas de papel e de outros materiais inflamáveis.

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