O novo Boletim Epidemiológico divulgado na última terça-feira, 27, pelo Ministério da Saúde aponta que tanto a detecção quanto a mortalidade ligadas à Aids aumentaram nos últimos cinco anos em Mossoró. Os dados dizem respeito ao ano de 2017.
Segundo o levantamento, a taxa de detecção na Capital do Oeste foi de 25 para o grupo de 100 mil habitantes. A variação média anual da taxa de detecção do vírus na população geral no período foi de 3,8. O boletim mostra que a taxa de detecção de Aids entre menores de cinco anos é 1,4 casos a cada 100 mil habitantes. A variação ficou em 1,1%.
Entre 2013 e 2017, a taxa de mortalidade no município (considerando o número de mortes a cada 100 mil habitantes) apresentou índice de 5%. A taxa variou 0,6%.
Ainda de acordo com o estudo, Mossoró ocupa a 69% posição de municípios com mais de 100 mil habitantes na lista de cidades com maior índice composto, que é formado pelas taxas de detecção e mortalidade e pela primeira contagem de CD4 (células de defesa) nos últimos cinco anos. O índice registrado é de 5,341.
O Rio Grande do Norte teve um incremento de 68% no índice de detecção de casos de aids nos últimos dez anos, apontou a pesquisa. O índice, que era de 11,3 casos para cada 100 mil habitantes em 2007 subiu para 18,9 casos no ano passado.
O boletim epidemiológico também apresentou dados de óbitos que tenham tido como causa básica a aids. Em 2007, foram identificadas 39 mortes por causa da aids no estado. Já em 2017, o número cresceu para 144, representando um aumento de 369%.
Em quatro anos, a taxa de mortalidade pela doença no Brasil passou de 5,7 por 100 mil habitantes em 2014 para 4,8 óbitos em 2017. O número de casos detectados também diminuiu, passando de 21,7 por 100.000 habitantes em 2012 para 18,3 casos em 2017. De 1980 a junho de 2018, o Brasil registrou 926.742 casos de aids, o equivalente a uma média de 40.000 novos diagnósticos por ano.
No total, 21 estados apresentam redução na taxa de mortalidade: AM, RR, PA, AP, TO, MA, PB, PE, AL, SE, BA, MG, ES, RJ, SP, PR, SC, RS, MT e o DF. Cinco estados apresentam aumento: Rondônia, Acre, Ceará, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul. Os estados do Piauí e Goiás mantiveram a mesma taxa de mortalidade entre 2014 e 2017.
Segundo o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza teste rápidos para a detecção do vírus nas unidades de saúde do país. Em 2018, foram distribuídos 12,5 milhões de unidades. Como a detecção do vírus impacta no início precoce do tratamento, a partir de janeiro também haverá na rede pública a oferta do autoteste de HIV para populações-chave e pessoas/parceiros em uso de medicamento de pré-exposição ao vírus. No ano que vem, serão distribuídas 400 mil unidades, inicialmente como um projeto piloto nas cidades de São Paulo, Santos, Piracicaba, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e São Bernardo do Campo, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Manaus.
Ainda de acordo com a pasta, o autoteste de HIV já é vendido nas farmácias privadas do país, mas os resultados não podem ser utilizados para o diagnóstico definitivo. Em caso de resultado positivo, o Ministério da Saúde orienta que o usuário busque o serviço de saúde para testes complementares. Nas caixas de autoteste de HIV, distribuído pelo SUS, haverá um número 0800 do fabricante para tirar dúvidas e dar orientações aos usuários. Este serviço funcionará 24 horas e 7 dias por semana. Além disso, o usuário pode tirar dúvidas pelo Disque Saúde 136 e no site www.aids.gov.br/autoteste.
Confira aqui levantamento completo
Números de Mossoró
Índice: 5,341
Taxa de detecção: 25,0
Variação da taxa de detecção: 3,8
Taxa de mortalidade: 5,0
Variação taxa de mortalidade: 0,6
Taxa de detecção menores de cinco anos: 1,4
Variação de taxa de detecção de menores de cinco anos: 1,1
Média do primeiro CD4: 297
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