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Postado às 10h00 | 13 Jul 2019 | Redação Direção do Almeida Castro e Uern reorganizam atividades de estagiários

Crédito da foto: Extraída da internet A direção da maternidade observou a necessidade de uma “reorganização” na atuação dos estagiários

O Hospital Maternidade Almeida Castro em Mossoró suspendeu por 1 dia a parceria com os estudantes do curso de Medicina da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Segundo a assessoria de comunicação do hospital, os estudantes vinham descumprindo normas internas da unidade hospitalar.

Na tarde de ontem, 12, a direção do Hospital Almeida Castro se reuniu com estudantes e professores de Medicina da Uern para readequar as atividades acadêmicas no hospital. Com média de 20 partos por dia, a maternidade atende gestantes de municípios da região Oeste potiguar e, também, dos estados do Ceará e Paraíba.

Apesar do alto número de partos diários, a direção da maternidade observou a necessidade de uma “reorganização” na atuação dos estagiários uernianos. Segundo a assessoria, havia um “excesso” de pessoas, o que dificultava o atendimento.

“Tivemos uma reunião para reorganizar o serviço, que estava tumultuando devido ao grande número de partos que estamos realizando. Os estagiários estavam todos em um ponto só, e isso dificulta o atendimento. Por isso, resolvemos chamar os professores do departamento da Uern para conversar a respeito do assunto; para reduzir o número de estudantes presentes nas salas de cirurgias, e em todos os setores”, informou a assessoria da maternidade.

Embora sejam permitidos apenas dois estudantes em cada setor, a unidade hospitalar chegou a registrar na última quinta-feira (11) um total de 12 estudantes em único setor. Ainda durante a quinta, o hospital realizou 50 partos, apesar da presença excessiva dos estagiários do curso de Medicina da Universidade Estadual.

Sob intervenção federal, a maternidade Almeida Castro é a única com estrutura necessária para realizar partos de alto risco e possui 17 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal, 13 leitos berçários e 18 leitos cangurus.

Além da readequação na atuação dos estudantes, durante a reunião ficou acordado que os acadêmicos lançariam nota de retratação após a circulação de um texto “sobre prováveis abusos provenientes da sra. Larizza Souza Queiroz Lopes, interventora do Hospital Maternidade Almeida Castro”.

Na nota, divulgada pela assessoria do hospital sobre os internos do Estágio de Ginecologia e Obstetrícia e Pediatria da Uern, as “opiniões anteriormente externadas foram fruto de manifestações individuais que, definitivamente, não representam a comunhão da ideia por parte do corpo discente” da universidade. “[...] tampouco corroborado pelos docentes e preceptores, aos quais devemos nossos conhecimentos teórico-práticos”, continua nota.

A assessoria de comunicação da universidade esclareceu que “o convênio não foi encerrado. Os alunos continuarão realizando estágio no Hospital Maternidade Almeida Castro. Foi um momento de discussão entre o hospital e a coordenação do internato para reavaliar o serviço, que já está sendo normalizado”.

Com 20 partos diários, Almeida Castro atende a 62 cidades circunvizinhas a Mossoró

Sob intervenção federal desde o final de 2014, o Hospital Maternidade Almeida Castro é a única maternidade da região Oeste do Rio Grande do Norte a realizar partos de alta complexidade.

Com médias de 20 nascimentos, o hospital realizou durante os 5 primeiros meses de 2019 2.990 partos. À frente do hospital mossoroense, Larizza Lopes argumentou em meados de 2015 que, na unidade, “tentamos trabalhar com o mínimo para dar o máximo”, referindo-se sobre a situação do hospital.

A unidade, que chegou a possuir dívidas acumulativas de R$ 32 milhões, recebeu reformas para adequar a estrutura do hospital a demanda de serviços. Hoje, o hospital conta aproximadamente 180 leitos.

Com a intervenção, as dívidas do Hospital Almeida Castro foram negociadas. Atualmente, parte considerável das fontes de renda da unidade é proveniente do Sistema Único de Saúde (SUS), que realiza o pagamento de cerca de R$ 80 mil mensais pelos partos realizados via SUS na maternidade.

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