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Postado às 10h00 | 03 Fev 2020 | Redação Economistas mostram estratégias para sair do vermelho

Crédito da foto: Divulgação Organizar dívidas é o primeiro passo para se organizar financeiramente

Os meses de dezembro e janeiro são considerados os mais críticos para quem deseja ter um planejamento financeiro equilibrado. Em dezembro, quando ocorrem as comemorações de final de ano, é comum gastar mais do que o esperado. Já o mês de janeiro é marcado pelo pagamento de impostos, realização de matrícula escolar e compra de material escolar para aqueles que têm filhos.

O mês de janeiro também é marcado, historicamente, pela tentativa de redução de despesas, principalmente as que foram adquiridas no ano anterior. Em Mossoró, mais de 100 mil consumidores entraram o ano de 2020 com dívidas, principalmente ligadas ao comércio. Esse número é da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).

O presidente da entidade, Wellington Rodrigues Fernandes, entende que esse número expressivo (103.803 mossoroenses com dívidas) é reflexo de uma desaceleração da economia, fato ocorrido em Mossoró. Mesmo com o número elevado, o presidente da entidade informa que esse número poderia ser bem maior, se o Município não contasse com serviços já sólidos.

“É um número muito elevado, indiscutivelmente, tendo contribuído para esse indicativo a recessão por que passou o país, em especial nosso Estado e Município. Esse é um quadro que poderia ter sido bem pior se Mossoró não contasse com uma sólida base de prestação de serviços na área de saúde e educação, notadamente na oferta de cursos de nível superior”, informou Wellington Rodrigues.

Diante desse cenário de inadimplência, é importante buscar estratégias para sair do vermelho e tentar diminuir as dívidas, de forma que elas não acumulem no decorrer do ano. Os economistas Tiago de Freitas e Leyllane Ferreira comentam sobre algumas estratégias que os mossoroenses podem adotar para diminuir as dívidas e organizar as finanças.

“Estamos na principal época do ano, na qual as pessoas procuram fórmulas ou métodos para fugir das dívidas ou livrar-se delas. Na medida em que passamos a adotar uma forma de planejar nossos gastos e estabelecer um maior controle naquilo que consumimos, teremos uma sensação de alivio ao final do mês no que se refere a nossa renda”, comenta Leyllane Ferreira.

De acordo com a economista, é possível controlar as dívidas e sair do vermelho adotando algumas estratégias simples, mas que fazem muita diferença no controle da renda. O primeiro ponto, que pode ser considerado o mais importante, é evitar as compras parceladas, já que segundo dados do Serasa Experian, as compras feitas através do cartão de crédito são as que mais provocam endividamento dos consumidores.

“No ato da compra, procure comprar à vista, assim vai estar se livrando do cartão de créditos (que é o setor que maior influência no aumento de inadimplente, segundo dados do Serasa Experian), evitando assim comprometer seu orçamento. Esses endividamentos ocorrem pela falta de um planejamento adequado, na qual o consumidor enrola-se em dividas do cartão que possuem as mais altas taxas de juros”, explica Leyllane Ferreira.

O economista Tiago de Freitas informa que também é muito importante organizar as contas e definir as prioridades. Para isso, é necessário agendar o pagamento das contas fixas (água, luz, aluguel, por exemplo), e usar a estratégia de lista de compras na hora de ir ao supermercado. A tecnologia pode ser uma importante aliada na estratégia de organizar os pagamentos.

“É de extrema importância organizar o nosso orçamento mensal, para poder prevenir futuras cobranças não desejadas. A agenda poderá ser feita através de meios tecnológicos práticos, como celulares ou computadores. Também é possível dar maior ênfase as suas despesas, principalmente às fixas que são aqueles compromissos que temos todos os meses, como: conta de luz, conta de água e em alguns casos o aluguel. Já com as despesas variáveis evitar as compras por impulso”, informa Tiago de Freitas.

Projeção é de que consumidores possam quitar suas dívidas

De acordo com dados da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), os principais fatores que contribuíram para o número considerável de devedores em Mossoró são a retração da economia, provocada pela queda do preço do sal, estiagem prolongada e retração da exploração de petróleo. No entanto, a projeção é de que, em 2020, o cenário seja favorável para o comércio e a economia em geral.

O presidente da CDL, Wellington Rodrigues Fernandes, explica que a cidade começa dar os primeiros sinais de recuperação da economia. “O cenário atual se mostra com uma maior perspectiva de redução no ritmo de crescimento do número de inadimplentes, tendo em vista que a economia começa a dar sinais positivos de crescimento projetando para o ano de 2020 um crescimento mais robusto. Com isso, teremos um maior crescimento no nível de emprego e consequentemente poderemos, ao final do ano, começar a reduzir o nível de inadimplência.”

Os sinais de recuperação a que o presidente da entidade se refere é a retomada da exploração de campos de petróleo e gás, a entrada de novas empresas na cidade, dando oportunidade de mais empregos aos mossoroenses, bem como uma considerável melhora na economia do país, respingando nas economias estadual e municipal.

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