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Postado às 10h30 | 13 Fev 2020 | Redação Venda de botijão de gás a R$ 40 não tem previsão na cidade

Crédito da foto: Marcos Garcia/Arquivo Em Mossoró, segundo o secretário-geral do Sindipetro, não há previsão de ocorrer

Nesta sexta-feira (14), o Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (SINDIPETRO-RN) venderá o botijão de gás por R$ 40,00. A ação será realizada pela parte da manhã em frente à sede da Petrobras em Natal, no bairro de Cidade da Esperança. De acordo com a entidade, o valor que será praticado no protesto é o equivalente à metade do cobrado atualmente.

O órgão sindical ressalta que o objetivo do movimento é explicar à população as razões da greve da categoria iniciada no último dia 1° de fevereiro. O movimento já paralisou 91 unidades de 13 estados do país. Ainda segundo o Sindipetro potiguar, a iniciativa vem sendo realizada em outros estados com sucesso.

A reportagem do DE FATO entrou em contato com o secretário-geral do Sindipetro-RN em Mossoró, Pedro Lúcio, para saber se a ação desta sexta-feira na capital potiguar vai ocorrer na segunda maior cidade do estado.

Segundo o sindicalista, ainda não há uma data para que o movimento seja realizado no município e que o Sindipetro vai esperar a repercussão da iniciativa para levar a ação para outras cidades potiguares.

“Não há previsão de realizarmos essa ação em Mossoró, na verdade. Vamos avaliar o ato lá em Natal e a repercussão pra debater se faremos ou não em outras localidades”, disse.

Segundo o Sindipetro, a pauta local inclui, entre as reivindicações, a retomada dos investimentos da Petrobras para recuperar a produção e a capacidade de refino de petróleo e gás no Rio Grande do Norte. O Estado potiguar, que já foi o segundo maior produtor de petróleo no Brasil e teve pico de 110 mil barris por dia, hoje produz em torno de 36 mil.

“Os petroleiros inauguram uma inédita reivindicação que é ampliar a produção das unidades da Petrobras”, afirma o coordenador geral do Sindipetro-RN, Ivis Corsino.

O movimento também luta para reverter em nível nacional o desmonte da estatal e as transferências de trabalhadores em todo o sistema Petrobras.

Petroleiros realizam protesto na BR 110

Trabalhadores da Petrobras realizaram protesto na manhã desta quarta-feira na BR 110

Cerca de 300 petroleiros interditaram na manhã de ontem (12) a BR 110, que liga Mossoró a Areia Branca. A ação começou por volta das 6h30 e terminou por volta das 9h e ocorreu no km 36 da rodovia federal.

O protesto teve como objetivo conscientizar a sociedade sobre o descumprimento do acordo coletivo de trabalho pela companhia, denunciar a demissão e transferência de trabalhadores, próprios e contratados, além de impedir o desmonte e venda de ativos em todo o sistema Petrobrás.

De acordo com Pedro Lúcio, secretário-geral do Sindipetro-RN, a categoria protestou por investimentos da Petrobras no Rio Grande do Norte.

“O presidente da Companhia, Roberto Castelo Branco, informou em 2019 que o foco dos investimentos no Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, enfraquecendo a produção no Nordeste e provocando mais demissões e enfraquecendo a economia de estados e municípios”, disse durante a movimentação.

Após mais de quatro décadas de atuação no estado, a empresa não vê mais vantagens em continuar as atividades e tem acelerado o processo de saída, deixando um saldo negativo nos postos de trabalho e nos investimentos. Entre 2015 e 2018, cinco mil funcionários efetivos e terceirizados foram demitidos e a redução nos investimentos chega a 38%, equivalente a R$ 889 milhões. Neste mesmo período, o salário médio do segmento de extração de petróleo e gás no Nordeste sofreu uma queda de 58%. Nas atividades de apoio à indústria petrolífera, a redução foi de 17%.

A Petrobras não considera rentável a continuidade da exploração de campos em terra e águas rasas e tem trabalhado para concentrar as atividades na área do pré-sal. O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, já admitiu abandonar a produção nos estados do Nordeste, Norte e Sul, e voltar as atenções para a região Sudeste.

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