Segunda-Feira, 03 de fevereiro de 2025

Postado às 08h45 | 29 Fev 2020 | Redação Município estuda criar Unidade de Resposta Rápida para monitorar coronavírus

Crédito da foto: Divulgação/PMM A SMS realizou na quinta-feira passada uma reunião para a apresentação do Plano

A Prefeitura de Mossoró, por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde, estuda a possibilidade de criar uma Unidade de Resposta Rápida (URR). A unidade ficaria responsável por monitorar e informar ao Estado e Ministério da Saúde qualquer questão relacionada ao novo coronavírus e outros agravos. Essa iniciativa, segundo a secretaria, evita a perda de tempo no diagnóstico e tratamento de doenças.

Apesar de não ter caso notificado ou suspeito na cidade, a pasta informa que já se organizou em relação ao fluxo de atendimento e continua o planejamento para qualificar os profissionais da rede municipal em relação ao covid-19. Na tarde da última quinta-feira (27), a Vigilância em Saúde realizou reunião com servidores, em encontro interno, para apresentar o que já foi construído do Plano de Contingência contra o coronavírus do Município, que é baseado no Plano de Contingência do Estado e orientações do Ministério da Saúde.

A SMS discute desde o início do ano medidas de prevenção e controle do covid-19 (novo coronavírus), para caso ocorra uma possível eventualidade na cidade em relação ao vírus.

O órgão ressalta ainda que as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são a porta de entrada para notificações e casos suspeitos, mas a referência desses atendimentos na cidade é o Hospital Rafael Fernandes. Desde fevereiro, a Secretaria de Saúde se reuniu com os profissionais médicos e enfermeiros para fazer um alerta sobre o novo coronavírus e os cuidados preventivos que devem ser adotados. A Prefeitura de Mossoró continua acompanhando, atenta, ao monitoramento do Covid-19 do Ministério da Saúde no país.

PACIENTES SUSPEITOS

Até o fechamento desta reportagem, o Rio Grande do Norte tinha três casos suspeitos de covid-19 - o novo coronavírus. Dois casos considerados suspeitos do novo coronavírus foram descartados após exames, segundo informou a Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP) na manhã desta sexta-feira (28).

Os dois casos descartados são um de Natal e o de Parnamirim, que foram diagnosticados com uma "influenza b" - uma gripe comum.

De acordo com a Sesap, os outros três casos que continuam listados como suspeitos deverão ter uma definição em até sete dias. Por enquanto, os pacientes, que são da mesma família, seguem em isolamento domiciliar. Tratam-se de duas mulheres e um homem. Amostras de sangue deles foram enviadas para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, que foi credenciado pelo Ministério da Saúde. Eles têm entre 19 e 49 anos de idade.

A Sesap divulgou que os cinco pacientes apresentam sintomas gripais e que têm histórico de viagem à Itália nos últimos 14 dias (período máximo em que a doença se manifesta). O país europeu vive um surto da doença, com 528 casos confirmados até esta quinta-feira. A idade dos três pacientes que têm sintomas suspeitos de coronavírus varia de 19 a 49 anos de idade.

O protocolo define que a coleta é feita após o primeiro relato dos sintomas, e uma análise inicial é feita no Laboratório Central do RN (LACEN). Caso seja detectado outro vírus respiratório, diferente do coronavírus, o caso é considerado descartado. Em caso de resultado negativo ou inconclusivo para influenza, a amostra é enviada para o laboratório de referência nacional, o Instituto Evandro Chagas, no Pará.

O infectologista André Prudente lembrou que os critérios do Ministério da Saúde foram ampliados. "Neste momento é natural que mais casos se enquadrem como casos suspeitos por se tratarem de pessoas que estiveram em outros países e contraíram influenza, mas precisam ser investigadas [para o novo coronavírus]", explicou.

A subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Sesap, Alessandra Luchesi, ressaltou que o Hospital Giselda Trigueiro e o Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes são unidades de referência para os casos que necessitem de internação. "A rede municipal de saúde está sensibilizada para o atendimento e coleta de material para exames".

A Secretaria de Saúde ainda afirmou que vai passar a elaborar boletins epidemiológicos sobre a doença. O primeiro é previsto ainda para esta sexta-feira.

CAMPANHA ANTECIPADA

O Ministério da Saúde vai antecipar a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza como estratégia de diminuir a quantidade de pessoas com gripe nesse inverno. Primeiro, devem ser vacinadas gestantes, crianças até seis anos, mulheres até 45 dias após o parto e idosos, historicamente mais vulnerável à doença, que pode levar até a morte. O início da campanha está prevista para começar no dia 23 de março e não mais na segunda quinzena de abril.

O anúncio aconteceu durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (27), em São Paulo (SP), após reunião do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com o governador do Estado de São Paulo, João Doria, e representantes da Saúde do Estado.

A antecipação da campanha de vacinação foi possível por um esforço conjunto do Ministério da Saúde, do Instituto Butantan, produtor da vacina, e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) devido à atual situação de Emergência Internacional de Saúde Pública pelo coronavírus.

De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mesmo que a vacina não apresente eficácia contra o coronavírus, é uma forma de auxiliar os profissionais de saúde a descartarem as influenzas na triagem e acelerarem o diagnóstico para o coronavírus. “A campanha acontecerá em âmbito nacional, como as anteriores. Vamos começar por gestantes, crianças até seis anos, puérperas e idosos. Depois, incluiremos outras categorias. Dessa forma, espera-se que o vírus tenha menor propagação”, explicou o ministro.

Para a campanha, o Instituto Butantan produziu 75 milhões de doses que previne contra os três tipos de vírus de influenza que mais circularam no ano anterior. Luiz Mandetta lembrou a importância de ampliar a cobertura vacinal e destacou que a vacina é uma das medidas mais importantes para a prevenção de doenças. “As influenzas A e B são mais comuns que o coronavírus e a campanha nacional de vacinação contra a gripe diminui a situação endêmica dos vírus respiratórios no país, por isso é tão importante que as pessoas que fazem parte do público-alvo da campanha procurem uma unidade de saúde”, concluiu o ministro.

Entenda como se proteger do coronavírus (covid-19) e por que essas medidas são importantes

1. NÃO SE DESESPERE. Caso você ou alguém que conheça apresente sintomas característicos como tosse seca, febre, espirros constantes ou teve contato com alguém que recentemente veio de áreas com casos já diagnosticados, comunique imediatamente as autoridades de saúde.

2. LAVE AS MÃOS com água e sabão ao entrar e sair de ambientes (públicos especialmente), e, se possível, utilize álcool 70%.

3. NÃO ESPIRRE E NEM TUSSA sem proteger adequadamente da boca e o nariz. Proteja seu rosto se você for espirrar, dobre o braço e coloque nariz e boca “dentro” do cotovelo.

4. MANTENHA UMA DISTÂNCIA SEGURA de pessoas que estão espirrando ou tossindo. A OMS recomenda distância de 1m, pelo menos, para que gotículas não alcancem você.

5. NÃO ACREDITE em qualquer texto visto ou recebido pela internet. Muitos deles só causam medo e instabilidade. Nossas autoridades de saúde estão em constante contado com a Sesap e atento aos boletins da OMS.

6. NÃO DÊ MARGEM AO PÂNICO. Está sentindo algum dos sintomas ou esteve em contato com algum possível infectado? Os profissionais de saúde da Prefeitura de Mossoró podem ajudar com orientações e cuidados, bem como novas medidas de proteção. Portanto, em caso de dúvida, procure uma Unidade de Saúde mais próxima de sua residência.

7. EVITE MULTIDÕES E ESPAÇOS AGLOMERADOS. Embora o coronavírus apresente uma transmissão menos intensa que o vírus da gripe, a disseminação acontece de pessoa para pessoa por gotículas respiratórias ou contato.

8. NÃO COMPARTILHE objetos de uso pessoal como pratos, copos, talheres, escovas de dente, roupas de cama e de banho.

9. NÃO SE AUTOMEDIQUE. Sentiu os sintomas ou esteve em contato com algum possível infectado? Procure um médico. Automedicar-se traz graves riscos à saúde. O médico está apto a diagnosticar doenças, identificar sintomas e recomendar qual o melhor medicamento e a dosagem correta.

10. NUNCA É DEMAIS LEMBRAR: evite pegar na mão dos bebês. As mãos são uma das principais vias de transmissão de germes e microrganismos e os bebezinhos levam constantemente as mãozinhas à boca.

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