Amina Costa/Da Redação
Atualmente, Mossoró e toda a região Oeste do estado do Rio Grande do Norte dispõem apenas de um médico infectologista, que está lotado no Hospital Rafael Fernandes, referência em doenças infectocontagiosas. Após o falecimento do médico Alfredo Passalacqua, no início de fevereiro, a Secretaria de Saúde Pública do RN (SESAP) remanejou um profissional lotado no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) para o Rafael Fernandes.
O médico infectologista Fabiano Maximino assumiu os atendimentos no Hospital Rafael Fernandes na semana passada, com uma carga horária de 40 horas, e cumprindo quatro plantões mensais no Tarcísio Maia, por meio da cooperativa médica. O diretor do Hospital Rafael Fernandes, Leonardo Menezes, comentou que essa foi uma manobra imediata adotada pela Sesap para não deixar a região sem o atendimento de um médico infectologista.
“Após a morte de Alfredo (Passalacqua), nós começamos uma busca para resolver, junto à Sesap, a situação da falta de médico infectologista nesta região. Existe uma dificuldade muito grande, porque tínhamos apenas dois médicos para esta região Oeste, que atende aproximadamente 1 milhão de pessoas (2ª, 6ª e 8ª Regionais de Saúde). A solução imediata encontrada pela Sesap foi realocar o médico que atendia no Tarcísio Maia para o Rafael Fernandes, já que este é um hospital referência em atendimento de doenças infectocontagiosas”, informou o diretor.
Leonardo Menezes informou ainda que a convocação de novos médicos infectologistas não foi possível porque no último concurso realizado pela Sesap não continha a informação sobre o preenchimento de vagas para o interior do estado, inviabilizando a vinda dos novos servidores. O diretor da unidade hospitalar informou ainda que recebeu a promessa da Sesap de que seriam destinado três médicos clínicos para ajudar nos atendimentos na região.
Com o início dos atendimentos, o novo médico infectologista do Rafael Fernandes já está atuando no Serviço de Atendimento Especializado (SAE) do hospital, que corresponde à parte ambulatorial da unidade. Os atendimentos são feitos sempre às terças, quintas e sextas-feiras. “Os médicos que a Sesap deve encaminhar vão ajudar nesses atendimentos e em outros serviços prestados pelo hospital”, informa Leonardo Menezes.
Rafael Fernandes também recebe pacientes clínicos do HRTM
Durante três semanas, o Hospital Rafael Fernandes, em Mossoró, ficou sem ter o atendimento de médico infectologista. A situação foi resolvida, de forma emergencial, na semana passada, e os atendimentos foram regularizados. De acordo com o diretor da unidade, Leonardo Menezes, apesar de o Rafael Fernandes ter médicos clínicos à disposição da população, existe a necessidade de um especialista, principalmente por se tratar de uma unidade especializada no tratamento de doenças infectocontagiosas.
Leonardo Menezes informou que, mesmo com o déficit de médicos que atinge todos os hospitais do estado, o Rafael Fernandes conseguiu evoluir nos seus atendimentos, principalmente no número de internamentos. “Conseguimos introduzir três médicos no nosso quadro no último ano, mesmo com todo o déficit que enfrentamos. Mesmo assim, precisamos de mais profissionais médicos para revigorar nosso sistema de saúde”.
O diretor do Rafael Fernandes comentou ainda sobre a evolução da estrutura do hospital, com o aumento no número de internamentos, já que a unidade começou a ser um suporte clínico para o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). “O número de internamento no hospital entre 2017 e 2018 era muito baixo, com sete ou oito internações por mês. Quando a nova gestão assumiu, o secretário instituiu portaria que qualificava o Rafael Fernandes a atender pacientes clínicos, sendo a retaguarda dos pacientes do Tarcísio Maia. Então, hoje nós recebemos pacientes do Tarcísio Maia para o Rafael Fernandes. Nós temos 22 leitos destinados para essa finalidade”, comenta.
Leonardo Menezes explica que a missão principal do Rafael Fernandes é de atender pacientes com doenças infectocontagiosas e, em segundo plano, funciona como clínica médica para o HRTM. “Essa foi uma forma de tentar desafogar o Tarcísio Maia e utilizar uma estrutura completa, que a do Rafael Fernandes, que estava praticamente em desuso”, finaliza Leonardo Menezes.
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