A Escuderia Avecécias, equipe formada por seis alunos e um professor do Serviço Social da Indústria em Mossoró (Sesi Mossoró), vai disputar entre os dias 6 e 8 deste mês do programa F1 in Schools. A competição será realizada em São Paulo.
O grupo é formado pelos estudantes Cauã Azevedo, Dayane Aurora, Franck Raniere, Gustavo Kevin, Juan César, Leandro Valentim e pelo professor Mendonça Júnior. Eles viajam nesta quinta-feira, 5, para a capital paulista onde buscará uma vaga na final mundial. Neste ano ela será disputada em Cingapura.
O evento consiste na simulação de uma escuderia de Formula 1 real promovida pela própria comissão técnica da elite da Formula 1. Cada estado leva no máximo três equipes de seis alunos e um professor. Eles disputam o torneio Sesi de robótica juntamente com outras frentes do ramo. A competição está no Brasil há mais de 15 anos, porém, no ano passado houve a final mundial que contou com um representante brasileiro do estado da Bahia.
“A mesma exige dos competidores explorar as capacidades empresariais e técnicas através do modelo ‘Staem’, significa do inglês ciência tecnologia, artes, engenharia e matemática, além disso as equipes devem instituir redes sociais e planos de marketing, se tornando uma verdadeira micro escuderia”, disse o estudante Juan César.
O líder da equipe falou sobre o nome dado a escuderia. “A equipe em seu próprio nome buscou levar Mossoró consigo já que o nome em si é em origem baseado na bandeira do município”. “Ave é derivado do nome do animal avestruz presente na bandeira do município o mesmo representa agilidade e resistência característica do povo mossoroense. Em relação a Cécias vem da mitologia grega e significa vento Nordeste”.
“Nosso projeto consiste em criar uma micro escuderia que promova a interação administrativa e financeira com empresas regionais. Na parte técnica se destacam as diretrizes de engenharia utilizadas para feitoria do carro que tende a percorrer uma pista de 20 metros em 5 segundos. Esse fato ocorre baseado no principio da utilização de Co2, o gás mais leve, segundo os químicos”, complementa o estudante.
Juan César lembra ainda que a equipe desenvolve projetos sociais em áreas carentes levando a robótica para crianças da periferia. Durante três meses eles trabalharam em busca de parceiros financeiros, empresas que se comprometeram a ajudar.
“A escuderia alcança hoje renome no cenário regional, já que apenas três equipes do RN conseguiram esse feito. São duas de Natal e uma de Mossoró (Sesi)”, reforça.
Competição
Realizado desde 2019, o programa F1 in Schools desafia estudantes de 9 a 19 anos matriculados em escolas SESI a criarem empresas para competir em uma pista de corrida em miniatura. O campeonato, que faz parte de um projeto internacional realizado pela própria Fórmula 1, reproduz desafios profissionais envolvidos em uma corrida de carros do início ao fim, desde a criação da escuderia até o enfrentamento nas pistas.
Aqui, não é só a velocidade que conta: é necessário utilizar diversos recursos tecnológicos para projetar, modelar e testar um protótipo de um carro de F1. Nessa preparação para o mundo profissional, os jovens competidores precisam pensar em marketing, patrocínio, plano de negócios e estratégias em mídias sociais. Além disso, as equipes desenvolvem um projeto social, que pode ser usado como critério de desempate no resultado final.
O confronto
Velocidade e adrenalina marcam a última etapa desta competição. Os carros são testados em uma pista reta de 20 metros, impulsionados por um cilindro de CO?. As miniaturas devem suportar as forças da aceleração na partida, travessia do percurso e desaceleração física após cruzarem a linha de chegada.
Mas não é só velocidade que conta: a avaliação, premiação e classificação para a etapa mundial se baseiam no resultado de um conjunto de ações incluindo elaboração do plano de negócios, marketing e mídias sociais, apresentação, além do envolvimento em uma ação social.
Formação de escuderias
Os estudantes, unidos em times de três a seis pessoas, se dividem entre as funções de gerenciamento, engenharia e design que darão suporte para à escuderia, que funciona como uma pequena empresa.
O projeto
A equipe prepara o plano de negócios e corre atrás de patrocínio para cobrir custos da competição como confecção de uniformes, alimentação e transporte.
Como contrapartida, a logo do patrocinador aparece estampada no carro, no estande e nos uniformes, como em uma escuderia de verdade.
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