Amina Costa/Da Redação
Higienizar as mãos com frequência, principalmente com o auxílio do álcool em gel, e manter as vias respiratórias protegidas são algumas das recomendações do Ministério da Saúde para evitar a contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19). Estas medidas estão fazendo com que o movimento nas farmácias venha aumentando consideravelmente, nas últimas semanas.
Nas farmácias de Mossoró já estão faltando itens como álcool em gel e máscaras de proteção. A reportagem do JORNAL DE FATO esteve em cinco farmácias, localizadas em bairros distintos de Mossoró, e encontrou álcool em gel em apenas um estabelecimento, localizado no bairro Belo Horizonte. Em relação às máscaras, elas estavam em falta em todas as farmácias visitadas pela reportagem.
Na única farmácia que ainda tinha álcool em gel, a funcionária informou que o estoque deve acabar ainda neste sábado, 14, devido o aumento da procura da população pelo produto. “Nós solicitamos essa mercadoria há dois dias e todo o produto que tem é o que está exposto na prateleira. A procura está sendo muito grande e a quantidade que temos deve acabar neste final de semana. As máscaras acabaram há alguns dias e não existe a menor previsão de reposição do estoque”, disse Carla Martins.
Em uma farmácia do centro da cidade, a reportagem foi informada pelos vendedores que o estoque de álcool em gel está sendo reposto a cada dois dias e, mesmo assim, ainda chega a faltar o produto, devido o aumento da demanda. “Aqui na farmácia está faltando máscaras de proteção há alguns dias e o estoque de álcool em gel não dura nem dois dias, porque muita gente está procurando o produto”, disse um vendedor que preferiu não se identificar.
O consumidor que ainda recorrer às farmácias para comprar álcool em gel pagará mais caro pelo produto, que apresentou aumento de 100%, nos últimos dias. O item de 500g, que há algumas semanas custava R$ 12 em média, está sendo vendido por R$ 25. A funcionária Carla Martins informa que o aumento se deve ao reajuste que a distribuidora fez para os revendedores.
“Nós estamos recebendo o produto com aumento no preço e, infelizmente, precisamos repassar para o consumidor. O próprio fornecedor não tem mais o álcool em gel. Quando fizemos o nosso último pedido, há dois dias, já fomos informados que a distribuidora não tinha mais o produto disponível. Então, acabando este álcool que está na prateleira, não temos mais previsão de quando o produto vai chegar”, disse Carla Martins.
O uso do álcool em gel está sendo recomendado por escolas e empresas de Mossoró. “A maioria das pessoas que compram o álcool da embalagem de 100g informa que estão comprando o produto para que o filho o leve para as escolas ou para levar para os ambientes de trabalho. Muitas escolas de Mossoró já estão pedindo que os alunos levem máscaras e álcool para se protegerem”, comentou a funcionária.
Enquanto ainda tinham máscaras de proteção no estoque da farmácia, elas estavam sendo vendidas a R$ 1 a unidade. “Nós estávamos vendendo a R$ 1 a unidade da máscara. Mas elas acabaram há alguns dias e os fornecedores não têm nem previsão de quando vai ter novamente. Nós não temos máscaras nem para o nosso uso pessoal aqui na farmácia”, comentou a funcionária.
Crescem pedidos do álcool em gel nas farmácias de manipulação
O álcool em gel em farmácias de manipulação custa, em média, R$ 15.
Com a falta do álcool em gel na maioria das farmácias de Mossoró, os consumidores estão recorrendo às farmácias de manipulação para obter o produto. Nestes locais, a embalagem de 500g está sendo vendida a R$ 15 e o tempo de entrega do produto é de, pelo menos um dia útil.
A facilidade na entrega do produto e a falta de previsão de reposição nos estoques das farmácias provocaram o aumento dos pedidos manipulados. “Nós registramos um aumento considerável dos pedidos de manipulação do álcool em gel, principalmente após os primeiros casos do coronavírus no Brasil”, informou a funcionária de uma farmácia de manipulação localizada no centro da cidade.
A funcionária explicou ainda sobre o tempo de entrega do produto para o consumidor. “Um produto manipulado é diferente do produto encontrado em farmácias. É preciso um tempo para que ele seja produto. Embora a procura tenha aumentado bastante nessas últimas semanas, nós já produzíamos o álcool em gel numa quantidade moderada. Agora, só aumentamos a quantidade de produtos produzidos”, finaliza a funcionária.
Veja as principais orientações feitas pelo Ministério da Saúde para evitar a contaminação do coronavírus:
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