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Postado às 10h00 | 21 Mar 2020 | Redação Funcionários da AeC estão apreensivos com ambiente aglomerado

Crédito da foto: Arquivo/PMM Pontos de atendimento são compartilhados e não têm distância mínima exigida

Amina Costa/Da Redação

Nesta semana, a Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) divulgou uma série de medidas que passaram a ser tomadas, como forma de prevenção do novo coronavírus (Covid-19). Entre estas medidas está a recomendação à empresas e a instituições para evitar a aglomeração de pessoas em um mesmo ambiente, por um período inicial de 15 dias.

Muitas instituições e empresas estão atendendo esta recomendação, suspendendo suas atividades ou limitando o número máximo de 50 pessoas num mesmo ambiente. No entanto, funcionários da empresa de telemarketing AeC, em Mossoró, que tem cerca de 2 mil colaboradores trabalhando em três turnos de serviço, diariamente, se mostram apreensivos com a decisão da empresa de não parar ou reduzir suas atividades.

Paula Viana é atendente de telemarketing no local e informou à reportagem do JORNAL DE FATO sobre o clima de apreensão que está tendo na empresa. “A situação está muito complicada, porque estamos tendo que trabalhar em um ambiente fechado, com centenas de pessoas no mesmo local, num espaço com ar condicionado e sem ventilação de ar. Está todo mundo apreensivo e com medo”, informou.

A empresa de telemarketing informou que iria adotar algumas medidas de higiene e ventilação, para garantir a segurança dos seus funcionários. Entre as medidas informadas pela empresa está a limpeza diária dos pontos de atendimento (P.A), abertura das portas de emergência num intervalo de até duas horas, proporcionando uma melhor ventilação do local e a disponibilização de álcool em gel para os funcionários.

Apesar destas medidas de higienização, os funcionários ainda se mostram preocupados com a situação, já que nem todos os cuidados estão sendo tomados pela empresa. Paula Viana informou que, durante seu turno de trabalho, não presenciou a abertura das portas de emergência.  “Eu ainda não vi as portas de emergência sendo abertas. Nós, nos nossos momentos de descanso, estamos optando por ir para locais mais arejados”, informou.

A operadora de telemarketing informou ainda que a limpeza dos pontos de atendimento ainda é insuficiente para a demanda do local. “A empresa informou que iria realizar a limpeza uma vez por dia. Mas é importante lembrar que, pelo menos três pessoas utilizam o mesmo computador em apenas um dia (já que são três turnos de trabalho). Então, se uma pessoa infectada usar o computador antes de mim e ele não for higienizado como se deve, eu vou ser infectada do mesmo jeito”, explicou Paula Viana.

“A única coisa que fizeram mesmo foi distribuir álcool em gel na empresa, fazer orientações sobre higiene e aumentaram os pontos para lavar as mãos. Já sugerimos para que a empresa disponibilize material para que a gente pudesse higienizar o nosso ponto de atendimento antes de começar o trabalho, mas até agora nada foi feito. Os pontos de atendimento são muito próximos um do outro e sabemos que a eficiência para evitar a doença é evitar aglomeração, coisa que é impossível de se fazer numa empresa daquele tamanho”, concluiu a operadora.

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