A secretária de Saúde do município, Saudade Azevedo, diz que o município ganhará o reforço de sete novos respiradores, prometidos pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde Pública. O governo também está contratando um hospital privado
JORNAL DE FATO
O aumento do número de casos suspeitos do novo coronavírus em Mossoró, que passou de 13 nesta quinta-feira, 26, aumenta a necessidade de os governos – municipal e estadual – investirem em mais equipamentos nas unidades públicas de saúde. Medidas foram ampliadas a partir dos decretos de calamidade pública (municipal e estadual), mas ainda há pontos que exigem prioridades.
É o caso de ampliar o número de respiradores na rede pública. A Secretaria Municipal de Saúde dispõe apenas de um respirador em cada uma das três Unidades de Pronto-Atendimento (UPA), localizadas nos bairro Alto de São Manoel (zona leste), Santo Antônio (zona norte) e Belo Horizonte (zona sul). É pouco para atender a demanda de uma cidade com 300 mil habitantes e que ainda absorve pacientes de cidades de toda a região Oeste.
A secretária de Saúde do município, Saudade Azevedo, diz que o município ganhará o reforço de sete novos respiradores, prometidos pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde Pública (SESAP-RN). Os aparelhos chegarão no início de abril, devendo ser distribuído para as UPAs. “Cada UPA receberá dois respiradores e o outro vai para o SAMU”, adiantou a secretária.
A Assessoria de Comunicação do município afirma que, além dos respiradores nessas unidades, a cidade conta com 93 leitos de UTI com respiradores conveniados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Desse número, 76 são exclusivamente para adultos e crianças, e 17 para recém-nascidos.
A Secretaria de Saúde do município está trabalhando em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde Pública para encontrar alternativas que possam ampliar o número de leitos de UTI exclusivamente para necessidades do novo coronavírus na cidade”, garante nota emitida pela Assessoria de Comunicação.
SÃO LUIZ
O Hospital Regional Tarcísio de Vasconcelos Maia conta com sete leitos de isolamento do Covid-19. É insuficiente, reconhece o governo. Além disso, tem a crise que o HRTM enfrenta, conforme denúncia feita por médicos, enfermeiros e servidores. Na semana passada, eles afirmaram que o hospital não estava disponibilizando os equipamentos de proteção individual (EPIs), o que colocava os profissionais em risco de contaminação.
A governadora Fátima Bezerra (PT) admitiu a ineficiência do Tarcísio Maia para receber pacientes do coronavírus e autorizou a contratação emergencial de um hospital privado, o São Luiz, conforme noticiado pelo JORNALD E FATO na edição de quarta-feira, 25.
O Hospital São Luiz conta com 60 leitos, sendo que 23 já dispõem de respiradores para pleno funcionamento. Uma equipe da 2ª Unidade Regional de Saúde (URSAP) conheceu a estrutura do hospital para definir a contratação.
Além disso, vem sendo desenvolvido um trabalho em conjunto de diversas entidades, para que Mossoró passe a contar com leitos exclusivamente para o Covid-19. A princípio, a ideia é estruturar 20 leitos no Hospital Tarcísio Maia e 10 no Hospital Rafael Fernandes, de responsabilidade da SESAP. Cinco leitos serão reservados às gestantes pela Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e Infância de Mossoró (APAMIM), tendo o apoio da Prefeitura de Mossoró no credenciamento junto ao Ministério da Saúde. Além da possibilidade dos leitos no Hospital São Luiz.
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