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Postado às 11h30 | 30 Mar 2020 | Redação MPT recomenda medidas de proteção a trabalhadores de teleatendimento

Crédito da foto: Arquivo/PMM Os trabalhadores relataram ao DE FATO na semana passada que estavam aflitos

A Procuradoria do Trabalho no Município (PTM) emitiu recomendação a AeC para a proteção da saúde dos seus trabalhadores, com o objetivo de conter a disseminação da COVID-19.

De acordo com a recomendação, a empresa deve organizar os processos de trabalho para a realização de teletrabalho (home office) pelos empregados que se enquadrem nos grupos de risco e, sucessivamente, aos demais empregados. Também deve flexibilizar os horários de trabalho para evitar proximidade entre os trabalhadores.

O Ministério Público do Trabalho também recomenda que a empresa não permita, em qualquer hipótese, a utilização compartilhada de objetos e equipamentos de trabalho de uso pessoal, como fones de ouvido e microfones. E deve viabilizar o uso de máscaras e álcool gel 70% para a higienização frequente da área de trabalho de cada empregado.

O DE FATO trouxe no último dia 21 deste mês reportagem em que os funcionários do teleatendimento se mostravam apreensivos com a decisão da empresa de não parar ou reduzir as atividades.

Paula Viana, que é atendente de telemarketing no local, informou à reportagem sobre o clima de apreensão que estava tendo na empresa. “A situação está muito complicada, porque estamos tendo que trabalhar em um ambiente fechado, com centenas de pessoas no mesmo local, num espaço com ar condicionado e sem ventilação de ar. Está todo mundo apreensivo e com medo”, informou.

A empresa de telemarketing informou que iria adotar algumas medidas de higiene e ventilação, para garantir a segurança dos seus funcionários. Entre as medidas informadas pela empresa está a limpeza diária dos pontos de atendimento (P.A), abertura das portas de emergência num intervalo de até duas horas, proporcionando uma melhor ventilação do local e a disponibilização de álcool em gel para os funcionários.

Apesar destas medidas de higienização, os funcionários ainda se mostravam preocupados com a situação, já que nem todos os cuidados, segundo os trabalhadores, estavam sendo tomados pela empresa. Paula Viana informou que, durante seu turno de trabalho, não presenciou a abertura das portas de emergência. “Eu ainda não vi as portas de emergência sendo abertas. Nós, nos nossos momentos de descanso, estamos optando por ir para locais mais arejados”, informou.

Confira aqui recomendação do MPT

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