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Postado às 09h15 | 22 Mai 2020 | Redação Servidores do Hospital Tarcísio Maia trabalham sem EPIs e estão com salários atrasados

Denúncia feita pela coordenação regional do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde apontam riscos de contaminação por falta de equipamentos de proteção individual. Os servidores da saúde também ainda não receberam os salários de dezembro e 13 de 2018

Crédito da foto: Arquivo João Morais é o coordenador regional do Sindsaúde

Por Jornal de Fato

Os servidores do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) estão trabalhando praticamente sem equipamentos de proteção individual, os chamados EPIs, ficando expostos a todo risco de contaminação do novo coronavírus. Eles ainda enfrentam a falta de infraestrutura e insumos no maior hospital de emergência do interior do Rio Grande do Norte, referência de toda a região Oeste a partir de Mossoró.

A grave denúncia foi feita nesta quinta-feira, 21, pelo coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (SINDSAÚDE), João Morais, e desafia o governo estadual para adotar medidas urgentes, dado o aumento do número de servidores da saúde infectados pela Covid-19. O sindicalista afirma que a situação “é muito preocupante” e que os servidores que ficam na linha de frente de combate à doença estão bastante castigados.

Em entrevista ao programa Comando Geral, apresentado pelo radialista Jota Nobre na Rede Potiguar de Comunicação (RPC), Morais afirmou que o governo estadual não está sequer cumprindo os acordos firmados com a categoria diante do Ministério Público do Trabalho (MPT-RN). Um deles é o pagamento da insalubridade de 40% que deverá constar na folha salarial de maio. “Até agora o pagamento não feito e não temos informação se o governo pretende cumprir o acordo”, afirmou.

João Morais reclamou, também, que os servidores da saúde ainda não receberam os salários de dezembro e o 13º de 2018. São duas folhas salariais de atraso que vem prejudicando sobremaneira os servidores que ganham menores salários. A governadora Fátima Bezerra (PT) prometeu, no início de sua gestão, em janeiro de 2019, que os recursos extras que o governo recebesse seriam usados para colocar os salários em dia, mas até agora não cumpriu.

O sindicalista revela que há uma preocupação a mais. Segundo ele, se o servidor da saúde precisar ficar em casa, caso apresente algum sintoma da doença, ele perderá todas as gratificações e ficará recebendo apenas o salário base. Para mostrar o tamanho do problema, Morais afirmou: “O servidor da saúde ou morre em casa com fome, ou morre no hospital pelo coronavírus.”

Para piorar ainda mais a situação, o coordenador do Sindsaúde denuncia que o governo não disponibilizou o teste rápido para o Hospital Tarcísio Maia. É muito preocupante porque o teste rápido é fundamental para fazer o isolamento imediato do paciente com o coronavírus, para evitar a contaminação de outros pacientes e servidores da saúde.

“A senhora governadora Fátima Bezerra tem uma propaganda muito bonita, mas não está fazendo nada pela saúde dos servidores e da população em geral”, concluiu.

LEIA REPORTAGEM COMPLETA NA EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL DE FATO DESTA SEXTA-FEIRA (22)

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