Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) divulgados pela assessoria de comunicação da Prefeitura de Mossoró nesta terça-feira, 21, mostram que o número de casos de chikungunya e dengue cresceram em 2020 em relação ao ano passado.
De acordo com o levantamento, a Capital do Oeste soma até o momento 1.030 casos confirmados de chikungunya. Em 2019 foram apenas 65 casos provocados pelo mosquito Aedes Aegypti. Crescimento de 1.484%.
Já os casos de dengue tiveram aumento bem menor do que os de chikungunya. Nesse ano já foram confirmados 595 casos contra 324 no ano passado. Percentual de pouco mais de 45%.
A coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde, Teresa Cristina, informa que entre os bairros com maior número de casos de dengue este ano, estão: Abolições, Santo Antônio, Aeroporto, Planalto 13 de Maio, Santa Delmira, Alto de São Manuel e Rincão. Já os bairros com maior número de casos confirmados de chicungunya, são: Abolições, Santa Delmira, Santo Antônio, Barrocas, Aeroporto, Alto de São Manuel e Belo Horizonte. Mossoró também conta com dois casos de Zíka Vírus, ambos no Dom Jaime Câmara.
Segundo informações da Secretaria de Saúde, em decorrência da pandemia os agentes de endemias não estão podendo entrar nas residências para verificar a existência de focos do mosquito, então é preciso que a população tenha ainda mais cuidado para evitar o acumulo de água em recipientes descobertos, além de descarte de lixo de forma inadequada, já que até uma tampinha de garrafa pode se tornar criadouro.
Mesmo sem poder entrar nas residências, os Agentes de Endemias tem realizado um importante trabalho de orientação da população nos bairros mais afetados, reforçando as formas de prevenção. A Secretaria Municipal de Saúde também realizou junto com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), a ação do Carro Fumacê. Já a Secretaria de Serviços Urbanos vem recolhendo objetos sem uso para evitar acúmulo nos quintais, através da ação de Papa-Treco em diferentes bairros da cidade, e limpezas de canteiros e terrenos, eliminando possíveis focos do mosquito Aedes aegypti.
A Vigilância em Saúde ressalta ainda que ao verificar o início de sintomas característicos de arboviroses como dengue e chicungunya, como febre alta, dor muscular, dor dos olhos, falta de apetite, dor de cabeça, náuseas e vômitos, é importante procurar uma unidade de saúde para que o caso seja notificado. A partir das notificações é que o município consegue identificar as áreas mais afetadas e traças as estratégias de combate ao mosquito e de prevenção contra o aumento do número de casos.
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