Mossoró foi uma das primeiras cidades do Rio Grande do Norte a montar sua Unidade Hospitalar de Campanha. O local é a porta de entrada de pacientes acometidos da Covid-19. A Unidade de Campanha conta com "salas vermelhas" bem equipados pelo município
Por Edinaldo Moreno - Repórter do JORNAL DE FATO
Vídeo que circulou durante esta quarta-feira, 5, em grupos de whatsapp mostra a Unidade de Pronto Atendimento do bairro Belo Horizonte (UPA) vazia. De acordo com a narradora do vídeo, as imagens foram feitas por volta das 11 horas.
A pessoa que filmou as dependências da UPA do BH vazias comemorou o fato da unidade de saúde zerar pela primeira vez os atendimentos para pacientes que necessitassem de cuidados relacionados ao novo coronavírus, suspeitos ou confirmados da doença.
“Ótima notícia! 05 de agosto de 2020, a UPA do BH está zerada de covid. Está vazia. Tá aí, todos aqui, o médico doutor Rodrigues. Cinco de agosto conseguimos zerar, pela primeira vez, a UPA do BH. Zero covid. Graças a Deus. Agora são 11 horas da manhã e tudo zerado. Consultório vazio”, mostrava a mulher que filmava o ambiente.
A Unidade Hospitalar de Campanha do Belo Horizonte atendeu no último mês de maio 1.405 pessoas suspeitas ou confirmadas do novo coronavírus. Este é o mais recente levantamento da Prefeitura de Mossoró.
Destas pessoas atendidas, 710 eram do sexo masculino e 695 do sexo feminino. Tendo registro de 371 casos positivados da doença, 193 homens e 178 mulheres. Ainda do número geral de atendimento, foram registrados 730 suspeitos e 304 casos negativados.
A unidade de campanha conta com 35 leitos clínicos e 5 salas vermelhas (Unidades de Cuidados Intermediários) disponíveis à população.
Mossoró foi uma das primeiras cidades do Rio Grande do Norte a montar sua Unidade Hospitalar de Campanha. O local é destinado a pacientes de Mossoró. A orientação é que a população de cidades vizinhas procure os hospitais Tarcísio Maia e São Luiz para atendimento.
Em anexo ao prédio da UPA, funciona o Centro de Atendimento para Enfrentamento da Covid-19 criado pela Prefeitura de Mossoró, por meio da Secretaria de Saúde. Em seus 15 primeiros dias de funcionamento, atendeu quase 2 mil pessoas.
O espaço funciona exclusivamente para prestar assistência aos mossoroenses sintomáticos suspeitos do novo coronavírus.
HRTM e São Luiz
Até o fechamento desta edição, o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) estava com 55,56% de taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o Hospital de Campanha São Luiz (HCSL), com 80% dos leitos críticos ocupados, segundo o Regula RN, plataforma que acompanha a situação dos leitos SUS regulados e privados contratualizados para atender a demanda do novo coronavírus no Rio Grande do Norte.
De acordo com a ferramenta, o HRTM tinha 10 leitos ocupados, oito desocupados e apenas 2 bloqueados dos 20 disponibilizados na unidade hospitalar para o tratamento da Covid-19. Segundo o Regula RN, os leitos estavam bloqueados por falta de material humano. Já o HCSL estava com 32 leitos de UTI ocupados, oito vagos e nenhum bloqueado dos 40 leitos operacionais na unidade.
A taxa de ocupação na Região Oeste estava em 69,57%. Em todo o Rio Grande do Norte, a taxa era de 57,3%. A Região Metropolitana apontava índice de 48,47%, enquanto que no Seridó o percentual chegava a quase 90% (86,7%).
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