Edinaldo Moreno - Repórter do JORNAL DE FATO
A Secretaria Municipal de Mossoró inicia nesta segunda-feira, 21, o novo cronograma de atuação do Carro Fumacê no município. A medida de combate às arboviroses foi definida durante reunião entre a Coordenadoria de Endemias da Vigilância em Saúde da Prefeitura de Mossoró e técnicos da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP).
De acordo com o supervisor geral de endemias, Sandro Elias, a ação será realizada em duas etapas para contemplar todas as regiões da cidade. A primeira etapa ocorre até o dia 15 de outubro. Já a segunda vai se concentrar na parte oeste e começa dois dias depois.
Os bairros que serão contemplados nestas duas novas fases são Dom Jaime Câmara, Alto de São Manoel, Planalto 13 de Maio, Alto do Sumaré, Bom Jesus, Alagados, Costa e Silva, Rincão, Ilha de Santa Luzia, Pintos, Paredões, Doze Anos, Centro, Bom Jardim e Barrocas.
“Inicialmente, serão contemplados simultaneamente 15 bairros na região do grande alto de São Manoel e demais bairros na Zona Leste, com cinco ciclos do Carro Fumacê, entre os dias 21 de setembro de e 15 de outubro. Em seguida, a segunda etapa será realizada atendendo bairros da zona oeste da cidade a partir do dia 17 de outubro”, explica.
O cronograma, com datas e horários que o Carro Fumacê passará em cada bairro foi definido na manhã desta quinta-feira.
O aumento considerável dos casos de arboviroses, em Mossoró, tem preocupado as autoridades, que alertam para a necessidade de combate ao mosquito Aedes aegypti, principal transmissor de dengue, chikungunya e zika vírus. Devido ao grande número de casos, somente neste ano, a Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) informa que a cidade vive uma epidemia destas arboviroses.
A pandemia do novo coronavírus tem dificultado o trabalho desenvolvido pela Prefeitura de Mossoró no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. Com a solicitação de isolamento social, os agentes de endemias não estão tendo como entrar nas residências e verificar possíveis focos do mosquito.
A Vigilância em Saúde e a Unidade de Vigilância em Zoonoses realizam constantes ações de prevenção e combate às arboviroses, mas é preciso que a população contribua evitando o descarte de lixo em locais inadequados, limpando seus quintais para eliminar os possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, e ainda evitar armazenar água em reservatórios descobertos.
Conforme recomendação do Ministério da Saúde para casos de epidemias provocadas por arboviroses, a Prefeitura de Mossoró irá dar início à operação UBV, na cidade. O Tratamento de Ultra Baixo Volume consiste na aplicação espacial de inseticidas a baixíssimo volume e deve ser restrito a epidemias, como forma complementar para promover a rápida interrupção da transmissão de dengue.
Devido ao reduzido tamanho das partículas, este método de aplicação atinge a superfície do corpo do mosquito mais extensamente do que através de qualquer outro tipo de pulverização.
Arboviroses são doenças causadas por arbovírus e transmitidas por artrópodes como o Aedes aegypti. A alta infestação desse vetor em áreas urbanas faz das arboviroses um dos principais problemas de saúde pública no mundo.
Recomendações à População
A melhor forma de prevenir as arboviroses é a intensificação das ações de controle vetorial do Aedes aegypti. A população deve sempre auxiliar nesse controle. Neste sentido recomenda-se a todos que: Mantenham seus quintais livres de possíveis criadouros do mosquito; Esfreguem com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de seus animais; Não coloquem lixo em terrenos baldios; Mantenham as caixas d´água sempre tampadas; Observem vasos e pratinhos de plantas que acumulam água parada; Observem locais que possam acumular água parada como: bandeja de bebedouros e de geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários sem uso; Recebam a visita do agente de endemias, aproveitando a oportunidade para tirar possíveis dúvidas; Mantenham em local coberto, pneus inservíveis e outros objetos que possam acumular água.
Recomendações aos Profissionais
As arboviroses urbanas apresentam diversos sinais clínicos semelhantes. Esse aspecto dificulta a suspeita inicial específico para cada arbovirose pelo profissional de saúde e pode dificultar, de alguma forma, a adoção de manejo clínico adequado, o quê predispõe à ocorrência de formas graves e, pode desencadear a ocorrência de óbitos. Nesse contexto, os profissionais de saúde devem estar atentos aos seguintes sintomas: Febre alta (39º a 40ºC) de início abrupto e com duração de 2 a 7 dias, associada à cefaleia, astenia, mialgia, artralgia, e dor retro orbitária. Exantema, com ou sem prurido em face, tronco e membros e em palmares e plantares. Anorexia, náuseas, vômitos e diarreia.
CASOS
Em Mossoró, da semana epidemiológica 01 a 30 foram notificados 2.423 casos suspeitos de dengue. No período foram confirmados 934. A incidência da doença na Capital do Oeste está em 823,4.
Os números de chikungunya são ainda mais preocupantes. A doença também é provocada pelo Aedes aegypti. A segunda maior cidade do estado registrou até a SE 30 3.253 notificações para a Chikungunya, sendo confirmados 1.288 casos da doença. A incidência ficou em 1.106,18. Por fim, foram notificados 702 casos de Zika e confirmados 11.
De acordo com a pasta estadual, os dados foram atualizados até o dia 19 de agosto.
Bairros contemplados no primeiro e segundo ciclos:
Dom Jaime Câmara
Alto de São Manoel
Planalto 13 de Maio
Alto do Sumaré
Bom Jesus
Alagados
Costa e Silva
Rincão
Ilha de Santa Luzia
Pintos
Paredões
Doze Anos
Centro
Bom Jardim
Barrocas
ARBOVIROSES DA SE 01 A 30
DENGUE
Casos notificados: 2.423
Casos confirmados: 934
Incidência: 823,94
CHIKUNGUNYA
Casos notificados: 3.253
Casos confirmados: 1.288
Incidência: 1.106,18
ZIKA
Casos notificados: 702
Casos confirmados: 11
Incidência: 238,71
Fonte: Sesap
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