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Postado às 13h30 | 01 Jan 2021 | Redação CDL prevê 2021 melhor mesmo com fatores podendo influenciar mercado negativamente

Crédito da foto: Arquivo Wellington Fernandes e Stênio Max, da CDL Mossoró

Por Ednaldo Moreno - Repórter do JORNAL DE FATO

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Wellington Fernandes, informou ao DE FATO que as expectativas iniciais são otimistas para este ano de 2021, mesmo com alguns fatores que possam influenciar a economia como, por exemplo, a demora para uma vacina para começar a imunizar a população contra o novo coronavírus.

“Para o ano de 2021 as expectativas iniciais são otimistas. Esperamos um ano melhor do que 2020, mesmo com alguns fatores podendo influenciar o mercado negativamente, como a demora na vacina disponível para a população. Com isso, poderemos ter um estresse com o relaxamento das medidas protetivas, levando a uma nova alta no número de casos da covid. Podemos também ter um aumento da inflação, fugindo da meta do Banco Central e assim termos um crescimento da taxa de juros”, disse.

Fernandes acrescenta ainda que o fim do auxílio emergencial concedido pelo governo federal durante a pandemia da Covid-19 e o grande número de desempregados possa atrapalhar as vendas. Ele também cita outros fatores que podem contribuir para a retração das vendas.

“Por outro lado, com o fim do auxílio emergencial e o altíssimo desemprego, podemos ter uma retração das vendas, contribuindo assim para uma quebra das expectativas da inflação mantendo assim a taxa de juros para incentivar a economia. Temos também o câmbio que começa a dar sinais de reversão na desvalorização do Real, contribuindo assim com o controle da inflação, aliviando o bolso do consumidor, podendo melhorar o seu poder de compra e aumentando, então, as vendas do comércio. Em última análise, mantemos a expectativa de que toda a conjuntura será favorável e teremos um excelente ano de 2021, tanto para o comércio como para a população como um todo. Esses são nossos desejos de um ano melhor a todos, com muita saúde e paz”.

Wellington Fernandes lembrou ainda o desafio da classe empresarial e da população em lidar com a pandemia e seus reflexos no comércio e nos serviços. Segundo ele, a flexibilização de abertura do comércio decorreu da constante vigilância e pressão da classe empresarial.

“O ano de 2020 foi de constantes desafios para toda classe empresarial da cidade. Tivemos que lidar com a pandemia de Covid-19 e seus reflexos no comércio e nos serviços, onde ao longo do período tivemos muitas lutas após o decreto de fechamento do comércio e suas posteriores prorrogações, com a permissão de abertura de setores essenciais e, posteriormente, para outros segmentos de comércio. À medida que os números da pandemia iam refluindo em nossa cidade e região, até por sermos um centro de atendimento regional de saúde para a região Oeste, os leitos disponíveis em nossa cidade atendiam as demais cidades da nossa região. Essa flexibilização de abertura do comércio decorreu da constante vigilância e pressão da classe empresarial. Os empresários foram decisivos no início da pandemia com o aporte de recursos financeiros, ajudando o poder público diante da falta de recursos do próprio poder público municipal. Desde o início da pandemia, todos os empresários passaram por momentos de surpresa e ansiedade diante do surgimento dessa pandemia, vendo a possibilidade de nos atingir, assim como a angústia com o decreto de fechamento do comércio e serviços, desolação para aqueles que não conseguiram superar este momento, fé de que iríamos vencer, esperança com as previsões de vacinas e otimismo com a reabertura das atividades comerciais e de serviços.”

Por fim, o presidente da CDL destacou que as eleições municipais elevaram o número de casos da doença, o que fez ressurgir o temor dos lojistas de novamente haver medidas restritivas mais drásticas, como o fechamento novamente do comércio. Fernandes ressaltou que o comércio pode conviver bem com a pandemia.

“Nesse intervalo tivemos as eleições municipais com suas campanhas ocorrendo sem nenhum protocolo de segurança, trazendo, com isso, a elevação do número de casos e consequentemente do número de mortes, ressurgindo inquietação à classe lojista diante da possibilidade de novamente ocorrer o fechamento do comércio. Mesmo diante da prova cabal de que o comércio, quando esteve funcionando durante os meses que precederam às eleições seguindo todas as normas e protocolos das autoridades de saúde, ocorreram gradativos recuos nos números da pandemia e o consequente fechamento de leitos clínicos e de UTIs. Isso provou que o comércio pode muito bem conviver com a pandemia”.

 

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