Por Amina Costa - Repórter do JORNAL DE FATO
Os servidores terceirizados que prestam serviço a várias secretarias da Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) estão organizando um protesto, que irá acontecer na próxima terça-feira, 9, em frete à Câmara Municipal de Mossoró (CMM). O protesto ocorre devido ao atraso no pagamento dos salários dos servidores terceirizados, referentes a dezembro de 2020 e janeiro de 2021.
Além dos salários atrasados, os servidores também estão sem receber o vale alimentação, o que configura uma renda zerada por dois meses. A data da paralisação das atividades e realização do protesto foi escolhida com base no retorno das atividades da CMM. “É um movimento que foi decidido juntamente com as categorias e com os sindicatos, já que vai haver abertura do orçamento na Câmara, no dia 9”, informou a coordenadora em Mossoró do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Higienização e Limpeza do Rio Grande do Norte (Sindlimp/RN), Aldeíza Sousa.
Ela informa que foram enviados ofícios às secretarias, informando sobre a paralisação das atividades neste dia, além da possibilidade de greve. Nesta quinta-feira, 04, a PMM informou, por meio de nota, que deve apresentar o calendário de pagamento de todos os servidores da prefeitura até o dia 22 de fevereiro. “Em coletiva de imprensa realizada no dia 28 de janeiro, a equipe econômica do município informou que até o dia 22 de fevereiro será apresentado calendário de pagamento dos salários atrasados dos servidores”, informou a nota.
Mesmo com a resposta da Prefeitura sobre o pagamento dos salários, o protesto está mantido, uma vez que os sindicatos estão levando em consideração a situação de mais de 800 profissionais que estão há dois meses sem receber salários e vale alimentação. “São mais de 800 trabalhadores e eles não podem ficar nesse jogo, nesse sofrimento, que é trabalhar sem receber. Cada um tem suas necessidades”, informou Aldeíza Sousa.
Os trabalhadores fazem parte de três sindicatos que atuam em várias Secretarias. Além do Sindlimp, protestarão ainda os terceirizados do Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares no Estado do Rio Grande do Norte (Sindhoteleiros) e do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde em Hospitais, Clínicas e Laboratórios Privados de Mossoró (SINTRAHPAM).
“Os terceirizados do Sintrahpan representam o pessoal da saúde, o pessoal do Sindhoteleiros são as cozinheiras e merendeiras, e o Sindlimp sendo representado pelos Auxiliares de Serviço Geral (ASG). São mais de 800 pais e mães de famílias que os sindicatos representam. São quatro ou cinco contratos que as empresas têm com a Prefeitura. O secretário de Finanças já nos recebeu, e a empresa nos respondeu através de ofício que existem faturas em aberto que não foram pagas pela Prefeitura. O trabalhador não pode ficar nesse jogo de empurra, empurra. Por isso, vamos protestar”, informou a coordenadora do Sindlimp.
Em relação ao protesto que está confirmado para a próxima terça-feira, 9, Aldeíza Sousa falou que serão utilizados carros de som, que irão circular pelo centro de Mossoró na segunda-feira, 8 e na própria terça-feira, informando à população sobre a situação dos terceirizados do município.
Assembleia vai decidir se categoria entra em greve ou aguarda Município
A coordenadora em Mossoró do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Higienização e Limpeza do Rio Grande do Norte (Sindlimp/RN) informou que, após o protesto, que será realizado na terça-feira, 9, os terceirizados de Mossoró irão definir se iniciam uma greve ou se aguardam o calendário de pagamentos da Prefeitura.
Nesta quinta-feira, 4, a PMM informou que deve divulgar o calendário de pagamentos dos servidores até o dia 22 de fevereiro. Informou também que a Administração está somando esforços para cumprir com as obrigações junto aos servidores, para que os mesmos não venham a ser prejudicados.
Diante desta resposta, os sindicatos que representam os mais de 800 trabalhadores que prestam serviço às Secretarias de Mossoró informaram que realizarão o ato em forma de protesto e, em seguida, deve ser realizada uma assembleia com os presentes para definir sobre a possibilidade de greve.
“Realizaremos o ato, de forma pacífica, e após este ato, tendo o quantitativo necessário para a realização de uma assembleia, nós iremos decidir de damos continuidade à paralisação ou se vamos aguardar até o dia 22, que é o prazo dado pela PMM. Caso não tenha nenhum acordo ou sinalização do município, vamos optar pela greve”, explica a coordenadora do Sindlimp.
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