Por Edinaldo Moreno/Repórter do JORNAL DE FATO
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) considera o atual número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de enfermaria para o tratamento de pacientes com sintomas ou acometidos pelo novo coronavírus sob controle na Região Oeste, polarizada por Mossoró.
A resposta foi a uma indagação do JORNAL DE FATO se a pasta estadual planeja aumentar o número de leitos críticos na região pelo aumento registrado nos últimos dias na ocupação de leitos, principalmente na Região Metropolitana, que já passou da casa dos 80% de leitos ocupados por pacientes. Segundo a Sesap, por enquanto, o Governo do Estado trabalha com o aumento de leitos somente na Grande Natal.
A secretária adjunta da Saúde, Maura Sobreira, explicou que o cenário atual é de aumento de casos confirmados e ocupação de leitos, em especial na Região Metropolitana, e mesmo com os investimentos na estruturação de leitos na rede estadual de saúde é percebida uma sobrecarga dos hospitais, com elevação do tempo de internação dos pacientes, porém sem aumento da mortalidade.
A Sesap também esclarece que está sendo feito um estudo com vistas à expansão de leitos no Hospital Giselda Trigueiro e no Hospital Municipal de Campanha, em Natal, além de Parnamirim e São Gonçalo do Amarante. Além disso, serão reforçadas as ações de vigilância, apoio à atenção primária e busca ativa de casos para garantir o isolamento.
A região metropolitana conta hoje com 90 leitos críticos em funcionamento para tratar pacientes em estado grave. Nos últimos dois dias, a taxa de ocupação ficou acima de 80%, o que fez disparar o sinal de alerta das autoridades de saúde. Pela estrutura atualmente existente, podem ser abertos mais 30 desses leitos, dentre eles: 10 leitos no Hospital Giselda Trigueiro, Hospital de Campanha de Natal com envio de kits de UTI (monitores, ventiladores e bombas de infusão) fornecidos pela secretaria estadual de Saúde, Maternidade Divino Amor, em Parnamirim, e Hospital Belarmina Monte, em São Gonçalo do Amarante.
Segundo a Sesap, a 2ª Região de Saúde conta atualmente com 145 leitos ativos para o tratamento da Covid-19. Eles estão distribuídos da seguinte forma: São 61 leitos de UTI, 71 de clínicos, 10 leitos de Suporte Ventilatório Pulmonar e 03 UTI Pedriátricas.
Das UTIs ativas, 40 estão no Hospital de Campanha São Luiz (HCSL), 10 no Hospital Rafael Fernandes, 09 no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) e 02 no Hospital Maternidade Almeida Castro (HMAC). Todos em Mossoró.
Já em relação aos leitos clínicos ativos, 30 deles estão no Hospital São Luiz, 15 no Hospital de Campanha Unidade de Pronto Atendimento Raimundo Benjamin (UPA do Belo Horizonte), 08 na Almeida Castro e no Hospital Regional Hélio Morais Marinho, em Apodi, 07 no Tarcísio Maia, sendo dois deles para pediatria, e 03 no Hospital Regional Doutor Aguinaldo Pereira da Silva, em Caraúbas.
Por fim, dos leitos de suporte ventilatório pulmonar há 05 na UPA do bairro Belo Horizonte, 04 no Hospital Regional de Apodi e 01 no Hospital Regional de Caraúbas.
TAXA DE OCUPAÇÃO
A Região Oeste registrava até o final da tarde desta quarta-feira, 17, taxa de ocupação de pouco mais de 66%. O índice era menor do que o registrado em todo o território potiguar, que naquela altura estava com 77%, e da Região Metropolitana, que registrava 88%. Somente a Região do Seridó tinha 65% de ocupação dos leitos.
De todos os hospitais da região presentes no sistema de acompanhamento em tempo real da situação dos leitos covid, apenas o Tarcísio Maia, em Mossoró, registrava 100% de ocupação dos leitos. Os demais do Oeste estavam com ocupação entre 50% e 75%.
Até o encerramento desta edição, a Central de Regulação do Oeste (CRO) apontava 27 leitos críticos vagos na região. Havia também 40 leitos clínicos disponíveis. Ainda de acordo com o órgão, não era registrado pacientes com perfil de leitos críticos e clínicos e nem aguardando avaliação do prestador/hospital em listas.
A CRO é responsável pela regulação dos leitos das seguintes regiões de saúde: 2ª Mossoró, 6ª Pau dos Ferros e 8ª Assú.
Já a lista de regulação em todo o território norte-rio-grandense tinha 20 pacientes com perfil de leito crítico na lista de espera. Dois pacientes com perfil de leito crítico aguardavam avaliação do prestador/hospital. Um total de 10 pacientes com perfil de leito clínico estava na lista. Seis aguardavam avaliação. Já 12 pacientes com perfil de leito crítico e 16 de leito clínico aguardavam transporte.
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