A informação é que os casos suspeitos da Covid-19 seriam atendidos nas dependências da UPA, que já recebe outros casos, o que pode provocar medo em pacientes pelo risco de contrair a doença. Secretaria de Saúde diz que a unidade está subutilizada
POR JORNAL DE FATO
A redação do JORNAL DE FATO obteve a informação de que a Unidade de Campanha contra o novo coronavírus, instalada ao lado da Unidade de Pronto Atendimento Raimundo Benjamim, no bairro Belo Horizonte, teria tido seu último dia de funcionamento na última quarta-feira, 17. Profissional de saúde que trabalha no local confirmou a informação à reportagem.
A informação é que os casos suspeitos de infecção pelo SARS-CoV-2, vírus causador da Covid-19, seriam atendidos nas dependências da unidade, que já recebe outros casos, o que pode provocar medo em pacientes pelo risco de contrair a doença.
A medida pode causar preocupação nas pessoas que diariamente procuram o espaço para realizarem testes contra doença e que fiquem receosos em ter contato mais próximo com os infectados, por ser uma doença altamente contagiosa e que já ceifou a vida de quase 300 mossoroenses.
A Unidade de Campanha da UPA do bairro Belo Horizonte começou a funcionar no dia 4 de maio do ano passado. Ela iniciou com 10 leitos de retaguarda clínica e ao longo do tempo chegou a dispor de 39 leitos. Em seu primeiro mês de funcionamento, a unidade atendeu pouco mais de 1,4 mil pessoas.
A unidade foi criada para atender a demanda de pessoas que estão acometidas ou suspeitas de coronavírus. Se o paciente for a alguma outra UPA, apresentando sinais e sintomas da doença, ele é transferido para a unidade de campanha no Belo Horizonte. Se a situação for grave, esse paciente será transferido para o Hospital de referência.
De acordo com o último levantamento da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), a UPA do Belo Horizonte contava com 15 leitos clínicos ativos e 05 de suporte ventilatório pulmonar.
OUTRO LADO
A versão da Secretaria Municipal de Saúde é de que houve uma grande diminuição na demanda por procura de teste para o novo coronavírus e, por questão de economia, pensou-se em realizar esse procedimento na própria unidade, como uma experiência, mas que nenhum container foi retirado. Segundo a pasta, o equipamento estava subutilizado.
Ainda de acordo com a SMS, o Município entende que a cidade ainda passa pelo momento da pandemia e havendo aumento da demanda, novamente os containeres poderão ser reativados para o atendimento da população que procurar por testes.
A secretaria cita ainda que não houve nenhuma reclamação de nenhum paciente a respeito da medida. A SMS lembra também que esses testes são realizados na Escola Municipal Raimundo Fernandes, no bairro Santo Antônio.
PANORAMA
A última atualização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apontava que Mossoró registrava, até o último dia 17 de fevereiro, 80 pessoas internadas com suspeitas ou acometidas de contraírem a Covid-19. Desse total, 61 estavam internadas em hospitais da rede pública e 19 na rede particular.
A Capital do Oeste contabilizava ainda 291 óbitos e 13.625 casos confirmados da doença. Eram ainda 4.836 casos suspeitos e 31.333 descartados. A cidade tinha registros de 11.638 pessoas recuperadas da Covid-19.
Vale salientar que esses dados são do boletim epidemiológico divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde na última quarta-feira. O balanço desta quinta-feira, 18, ainda não havia sido publicado até o encerramento desta edição.
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