Edinaldo Moreno/Da Redação
O Hospital de Campanha São Luiz registrou a maior taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento do novo coronavírus desde meados dezembro do ano passado. A informação é do Regula RN, sistema que acompanha em tempo real a situação dos leitos públicos no Rio Grande do Norte.
A plataforma apontou que a unidade que serve como hospital de campanha em Mossoró registrou no final da noite da última quinta-feira, 25, o percentual de 82,5%. Esse índice é o mesmo registrado em 20 de dezembro de 2020. Para se ter ideia, somente em três dias nesse período o percentual chegou a 80% de ocupação de leitos no hospital. Os dias foram 21 e 29 de dezembro e 10 e 23 de fevereiro.
Entre os dias 11 e 25 deste mês a taxa de ocupação saiu de 52,50% para 82,50%. O primeiro representava 21 de 40 leitos ocupados e o segundo 33 dos mesmos 40 leitos disponibilizados no São Luiz para o tratamento da doença. Até o final da tarde desta sexta-feira, 26, o Hospital São Luiz registrava a mesma ocupação de leitos do dia anterior. Havia somente sete leitos vagos no local.
O Hospital São Luís é contratado pelo Estado do Rio Grande do Norte para atendimentos Covid. Ele dispõe de 40 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e com mais 10 leitos de UTI em expansão nos próximos dias.
RAFAEL FERNANDES E TARCÍSIO MAIA
Ainda segundo o Regula RN, o Hospital Rafael Fernandes estava com taxa de ocupação de 90% no final da tarde desta sexta-feira, 26. Dos dez leitos críticos para pacientes acometidos ou com suspeita de contaminação pela Covid-19, apenas um estava vago.
A unidade recebeu nos últimos dias três pacientes vindo da região metropolitana. Dois deles são homens. Um de 61 anos e o outro de 41. O terceiro paciente não teve a idade e nem o sexo revelados.
O Hospital Rafael Fernandes é serviço estadual e referência macro regional no tratamento de condições infecto contagiosas, dispondo de 14 leitos para pacientes acometidos Covid-19, sendo 10 de UTI com leitos críticos.
Já o Hospital Regional Tarcísio Maia tinha 07 de seus 09 leitos ocupados até o encerramento desta edição. Apenas dois estavam disponíveis.
REGULA RN
O Portal da transparência do Regula RN tem por objetivo ser a fonte oficial de dados relacionados à regulação de leitos Covid-19 do Rio Grande do Norte, abrangendo todos os leitos SUS regulados e privados contratualizados para atender a demanda do novo Coronavírus.
Sua alimentação é de responsabilidade exclusiva dos Serviços Hospitalares /Prestadores, dessa forma toda informação identificada na plataforma deve ser lida como uma informação sujeita à variabiabilidade de acordo com o movimento de ocupação e desocupação dos leitos.
INTERNADOS
A última atualização da Secretaria de Saúde de Mossoró apontava 93 pessoas internadas em leitos críticos e clínicos na cidade. Os dados são referentes ao boletim da última quinta-feira, 25, e disponibilizado no site da Prefeitura de Mossoró.
De acordo com a pasta municipal, 75 internados no serviço público e 18 no serviço privado. Dos 75, 49 deles ocupavam leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 26 em leitos de enfermaria. Já os internados em hospitais particulares, 09 deles estavam em leitos críticos e 09 em leitos clínicos.
Diretor do Sindsaúde Mossoró desmente pedido de lockdown
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN), regional de Mossoró, João Morais, enviou áudio a reportagem do JORNAL DE FATO esclarecendo não ser atual um áudio dele que circula nas redes sociais pedindo lockdown para a cidade de Mossoró.
Segundo ele, o áudio em questão é de uma entrevista dele concedida em abril do ano passado. Morais repete, veementemente, por duas vezes que ele e nem o órgão sindical pediram a medida no momento atual.
“Eu sou João Morais, diretor do Sindsaúde Mossoró e diretor estadual. Quero comunicar a vocês que o áudio que estão divulgando nas redes sociais é uma entrevista minha realizada em 2020. Não é verdade que o Sindsaúde, regional de Mossoró, na pessoa de João Morais, pediu lockdown para a cidade de Mossoró. É uma reportagem antiga. Não é verdade que João Morais, diretor do Sindsaúde, pediu lockdown para a cidade de Mossoró e muito menos o Sindsaúde”, disse.
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