Preço da gasolina sobe mais uma vez
Por Amina Costa - Repórter do JORNAL DE FATO
O mais recente reajuste no preço dos combustíveis, anunciado pela Petrobras, na semana passada, vem pesando no bolso dos consumidores de todo o país. Em Mossoró, a situação não é diferente, uma vez que o preço da gasolina está chegando à casa dos R$ 6, conforme aponta a ferramenta de pesquisa de preços do aplicativo Nota Potiguar.
Conforme os dados do aplicativo, o menor preço da gasolina praticado pelos postos de combustíveis de Mossoró, até esta quarta-feira, 19, era R$ 5,76. É possível encontrar o produto sendo vendido a R$ 5,97, mas a média geral é de R$ 5,99, por cada litro do produto. O reajuste do preço da gasolina ocorreu na semana passada, mas as alterações foram fixadas nesta semana.
O último reajuste da gasolina foi de 1,9%, de forma que o combustível passou a custar R$ 2,64, o litro, nas refinarias. Este foi o nono aumento no preço da gasolina registrado apenas nos cinco primeiros meses do ano. No acumulado de 2021, o reajuste total da gasolina foi de 43,4%. O diesel também foi reajustado pela Petrobras em 3,7%, passando a custar R$ 2,76, o litro. Em oito reajustes sofridos somente neste ano, o diesel ficou 36,6% mais caro do que o preço praticado em 2020.
O aumento frequente no preço dos combustíveis vem causando indignação nos consumidores, que estão tendo que lidar com o consequente aumento nos demais produtos, já que o valor do combustível implica diretamente no valor cobrado pelo frete de mercadorias. Todos os custos gerados pelo transporte de produto são repassados para o consumidor, que acaba tendo que pagar mais caro por diversos produtos.
“Hoje a gente se depara com uma situação que vamos ao posto de combustíveis e somos simplesmente assaltados, devido o preço da gasolina. É um absurdo a gente ter que pagar R$ 5,99 pelo litro de gasolina. A gente não devia aceitar isso. Estamos sendo assaltados e ninguém toma providências quanto a isso. Só vemos os donos de postos e os governantes lucrando com essa situação”, informou o vigilante Carlos André.
O vigilante comenta que o consumidor fica de mãos atadas, porque não pode parar de consumir o produto, diante das necessidades do dia a dia, mesmo não tendo condições de pagar tão caro pelos produtos. Carlos André fala ainda sobre as dificuldades de lidar com os reajustes frequentes, enquanto o mesmo não acontece com o salário.
“Infelizmente, a gente não tem o que fazer, porque precisamos abastecer o nosso transporte para poder trabalhar e se locomover. Mas esse preço de quase R$ 6 reais é um absurdo, não sei aonde vamos parar. Como vamos conseguir continuar nos locomovendo se a gente paga tão caro pela gasolina? Infelizmente, o consumidor é quem sofre, porque os produtos estão aumentando sem controle, mas o salário mal é reajustado”, finaliza.
O setor de combustíveis se tornou o maior vilão da inflação em 2021 após a disparada do barril de petróleo no mercado internacional com a retomada das economias globais neste primeiro trimestre. A alta lá fora também faz a Petrobras reajustar os preços no mercado doméstico, já que a petroleira adota a política de paridade internacional. As mudanças fizeram o preço da gasolina acumular alta de 22% aos consumidores neste trimestre, enquanto o diesel soma avanço de 18%.
Tags:
