Domingo, 26 de janeiro de 2025

Postado às 11h15 | 30 Mai 2021 | Redação Produção científica mostra resiliência na Uern mesmo com pandemia

Crédito da foto: Arquivo/JORNAL DE FATO Campus da Uern em Mossoró

A pandemia da covid-19 atrapalhou as atividades presenciais na educação, mas não o suficiente para impedir que a produção científica seguisse seu rumo na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

Ao longo do ano de 2020, por exemplo, a universidade ampliou em 43% o Programa de Iniciação Científica (PIBIC), chegando a 100 alunos beneficiados.

Para a edição 2020/2021 do PIBIC, 274 professores submeteram projetos, sendo 263 aprovados (17 a mais que no ano anterior,) envolvendo 465 alunos de graduação.

O que chama atenção é que a produção se manteve alta, comparando com anos anteriores. No período 2019/2020, foram 299 projetos inscritos.Enquanto que para 2020/2021 subiu para 317 e para 2021/2022 já são 297. “É preciso entender que os editais do PIBIC funcionam de metade para metade do ano e mesmo no contexto de pandemia tivemos um aumento de projetos”, diz Álvaro Marcos Pereira Lima, assessor da Propeg/Uern para questões de pesquisa.

A aprovação de projetos subiu de 290, no período anterior à pandemia, para 311.

Já para os editais de fluxo contínuo, que podem ser submetidos em qualquer época do ano e não têm bolsas de pesquisa,foram 81 projetos em 2019 contra 68 em 2020. Neste caso, a queda se explica pela prorrogação dos prazos dos projetos em vigor por 150 dias e suspensão das aulas presenciais. “Prorrogamos por um prazo igual ao período em que as aulas foram suspensas e com a chegada de 2021 a gente já observa uma retomada da submissão dos projetos com 71 propostas”, diz Álvaro que complementa: “Neste contexto de pandemia, nós temos quatro grandes editais que são disponibilizados institucionalmente para que os professores possam submeter seus projetos. Junto com o PIBIC e os de fluxo contínuo, temos editais para inovação e tecnologia e iniciação científica para alunos do ensino médio”.

O professor avalia que foi necessário os pesquisadores se reinventarem com as limitações impostas pela pandemia. “Esse contexto de pandemia também foi desafiador para a pesquisa cientifica, ainda mais porque a presença física foi restrita e os nossos pesquisadores precisaram se reinventar.Mas o que a gente tem que destacar é que as pesquisas nunca pararam e continuam ativas”, declarou.

Somente sobre a pandemia, foram apresentadas 25 pesquisas a respeito do assunto. “A pandemia também serviu de estímulo para os pesquisadores”, explica.

‘Houve uma mudança no perfil de pesquisa’, diz pró-reitor

O pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Uern, Rodolfo Paiva, explicou que os pesquisadores da universidade se adaptaram ao contexto da pandemia e se tornaram ainda mais produtivos. “Houve uma alteração sutil no perfil de pesquisa. A universidade se mostrou muito resiliente no contexto de pandemia”, declarou.

Ele acrescenta que os professores pesquisadores conseguiram se adaptar levando em conta, inclusive, as questões regionais. “Se a gente for fazer uma reflexão sobre as pesquisas, vamos perceber uma adaptação para as vocações da nossa região”, frisou. “São pesquisas com forte aderência no contexto social”, reforçou.

Outro ponto importante é que, mesmo com a estagnação nos repasses de recursos federais, a Uern conseguiu ser criativa para ampliar as condições de pesquisa. “A gente não consegue materializar uma queda significativa de recursos, mas há uma estagnação do fomento do ponto de vista do apoio federal. Mas em contrapartida, a universidade tem buscado soluções criativas a ponto de termos mais bolsas PIBIC/UERN do PIBIC/CNPq”, relata Rodolfo.

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