Por Amina Costa / Repórter do JORNAL DE FATO
Estava marcada para a próxima quinta-feira, 24, a assembleia virtual, onde os servidores públicos de Mossoró decidiriam se haverá ou não a parada de advertência, prevista pela categoria. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM), a assembleia foi adiada e deve ocorrer no dia 1º de julho.
A mudança da data aconteceu após o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, adiar a reunião com os servidores, que estava prevista para ocorrer nesta quarta-feira, 23. A data da reunião, que deve contar com a presença do prefeito e da secretária de Saúde, Morgana Dantas, acontecerá no dia 30 de junho. Na ocasião, devem ser discutidas as pautas dos profissionais da saúde do Município.
“O prefeito Allyson Bezerra adiou a reunião que teria com a direção do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) na próxima quarta-feira (23) para o dia 30 deste mês. Desta forma, a assembleia geral que havia sido marcada para o dia 24 para analisar os repasses desta reunião também foi adiada para o dia 1º de julho. Segundo a assessoria do gabinete do prefeito, na data previamente agendada com o sindicato, ele terá que cumprir agenda em Brasília”, informou o Sindicato.
No dia 16 de junho, os representantes do Sindiserpum se reuniram com o consultor do Município e o Secretário de Segurança para tratar sobre as pautas dos agentes de trânsito. Embora já tenha ocorrido este primeiro encontro, as pautas serão repassadas para os servidores apenas na assembleia do dia 1º de julho.
“A reunião para análise das pautas dos agentes de trânsito transcorreu na última quarta-feira (16), mas as deliberações também serão repassadas conjuntamente na assembleia geral do dia 1º que poderá deliberar ainda sobre a possibilidade de uma Parada de Advertência no serviço público municipal”, informou o sindicato.
Em 8 de junho, os servidores públicos de Mossoró se reuniram em assembleia virtual para decidir se iriam realizar uma parada de advertência, no município. Por decisão da maioria, optaram por aguardar as reuniões com os secretários e com o prefeito e adiar a decisão. A categoria informa que, caso a pauta de reivindicação não seja atendida, os servidores podem, além de realizar a parada de advertência, entrar, posteriormente, em greve.
Eliete Vieira, presidente do Sindiserpum, informou à reportagem do JORNAL DE FATO que a pauta de reivindicações dos servidores públicos do município é extensa e inclui débitos não pagos desde o ano de 2016. Estes débitos incluem o 13º salário, férias vencidas, cumprimento e pagamento do plano de cargos e carreira, falta de pagamento de insalubridade. O Sindicato pede ainda uma redução do prazo para o pagamento dos atrasados, pois considera inviável o longo prazo para quitação dos débitos informado pela Prefeitura.
“As reivindicações não atendidas fazem parte de uma lista extensa, que passa por rescisão de aposentados desde 2016, progressões de servidores acumuladas não publicadas e não pagas desde 2018, 14º salário publicado e não pago desde 2018, plano de cargo e carreira não respeitado os reajustes na tabela dos agentes administrativo, merendeiras ASGs, auxiliar de secretaria, os servidores de uma forma geral, plantões congelados, insalubridades, 40% do valor do salário para todo mundo que está na linha de combate contra a covid-19 e 1/3 de férias referentes a 2020”, falou.
Eliete Vieira informou que faltou também a gestão democrática e a criação de comissões para discutir a reformulação de planos e carreiras. “Então, a demanda é enorme e não foi atendida. A gestão dizer que tá pagando em dia e que tem um cronograma do atrasado, do 13º salário de 2020, não é suficiente diante das angústias que a gente vem passando porque são mais de cinco anos sem os nossos direitos serem respeitados”, finaliza.
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