A secretária municipal de Saúde, Morgana Dantas, confirmou que apenas um dos casos confirmados para a variante Delta em Mossoró tem histórico de viagem. Os outros três são de contaminação comunitária.
Os casos foram confirmados através na última segunda-feira, 13, por meio do Instituto de Medicina Tropical da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (IMT/UFRN) que identificou a variante Delta do novo coronavírus em quatro amostras coletadas no final do mês de agosto em Mossoró. Ao todo, foram oito amostras coletadas.
“Foram quatro casos confirmados de exames coletados entre os dias 27 e 30 de agosto. Destes quatro casos, somente um com histórico de viagem e os outros três contaminação comunitária, já dentro do município, mostrando aí que o índice de transmissibilidade é muito alto da doença. Então devemos manter as medidas preventivas e a vacinação são as únicas formas de se prevenir contra a variante Delta no município”, explicou Morgana.
A titular da SMS destaca que a variante Delta é um vírus de maior transmissibilidade, porém, não tem um índice grande de mortalidade e nem de levar pacientes para leitos de Unidade de Terapia Intensiva.
“Em sua maioria aparece o tratamento clínico ou como nos casos de Mossoró sem internações. Passou como um vírus de gripe, com sintomas gripais e de diarreia ou vomito, porém tratados em casa sem a necessidade de internação, mas isso não quer dizer que as pessoas não precisem se preocupar e não fazer as medidas de segurança para evitar a contaminação”, ressaltou.
Segundo o IMT/UFRN, o resultado final do sequenciamento foi realizado no dia 12 de setembro. “A confirmação da delta em Mossoró demonstra a capacidade de transmissão da variante”, avalia Selma Jerônimo, considerando que a identificação de novas variantes é frequente, em virtude da fácil mutação do RNA do vírus.
Nessa perspectiva, a cientista reforça que é preciso manter os cuidados na prevenção, como o uso de máscara, distanciamento social e a higiene das mãos, bem como cumprir com o esquema de vacinação contra a covid-19.
Atualmente, a unidade sequenciou 64 genomas do SARS-CoV-2 provenientes de amostras do Rio Grande do Norte e prevê realizar a análise de mais 96 amostras. A UFRN já realizou 177.303 mil testes RT-PCR, sendo 151.803 mil pelo IMT-UFRN e 12 mil pela Faculdade de Ciências da Saúde (Facisa-UFRN), além de 13.500 mil testes sorológicos.
O Instituto de Medicina Tropical também realiza um estudo de soroprevalência em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS), para avaliar a quantidade de pessoas com resposta de defesa ao vírus, entre vacinadas e as que tiveram infecção natural pela covid-19.
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