Quarta-Feira, 22 de janeiro de 2025

Postado às 09h15 | 25 Nov 2021 | redação Fórum Onshore Potiguar em Mossoró debate novo mercado de gás natural do RN

Crédito da foto: Potiguass/Reprodução Mercado de gás natural em debate

Por Sandra Monteiro / Especial

A abertura do mercado de gás natural anima a cadeia produtiva no Rio Grande do Norte. A partir de 1º de janeiro de 2022, o Estado terá suprimento de gás natural fornecido diretamente pelas empresas produtoras independentes, que recentemente adquiriram campos da Petrobras. Tal cenário será um dos destaques do VI Fórum Onshore Potiguar, nesta quinta-feira (25), das 8h30 às 17h30, no Garbos Recepções, em Mossoró.

Consolidado no cenário nacional, o evento reunirá especialistas, membros da cadeia produtiva de petróleo e gás, representantes do Governo do Estado e da agência reguladora. É realizado pela Redepetro RN e Sebrae no Rio Grande do Norte, com apoio da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo (ABPIP) e das empresas patrocinadoras 3R Petroleum, Potiguar E&P, Potigás e Wellbore Integrity.

 

Novo momento

Novidades do mercado de gás natural no Rio Grande do Norte motivam o setor. No último dia 29 de setembro, a PetroReconcavo assinou contrato para fornecer 236 mil m³ por dia de gás natural à Potigás, a partir de 2022. O gás provém das 32 concessões operadas pela Potiguar E&P (subsidiária da PetroReconcavo) no antigo Polo Riacho da Forquilha, compradas da Petrobras há dois anos por cerca de R$ 300 milhões.

Há uma semana, a Petrobras anunciou contrato com a Potiguar E&P para escoamento de gás natural e cessão de uso do sistema de escoamento da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) Guamaré. A venda à Potigás e a concessão do acesso à UPGN são marcos do novo mercado do gás, segundo o presidente da Repedetro RN, Gutemberg Dias.

 

Otimismo

“O mercado de gás tem uma perspectiva muito grande. A produção de gás no Rio Grande do Norte, por exemplo, pode ser aumentada. A redução do preço do gás para a indústria atrairá novos negócios para a região. Também será possível levar esse gás a uma maior quantidade de pessoas, seja para residências ou para uso veicular. Com esse novo cenário, abre-se um leque muito grande para aumentar a produção”, avalia Dias.

As perspectivas também são positivas na visão do secretário executivo da ABPIP, Anabal Santos Jr. “Além do desconto significativo no preço atualmente praticado, cerca de 35%, o fornecimento de gás pelas empresas independentes livrará o Estado do reajuste de até quatro vezes o valor atual, que a Petrobras tem proposto às distribuidoras estaduais para 2022, como tem sido divulgado pela mídia especializada”, observa Santos.

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